Dia Mundial do Doador de Sangue movimenta Hemocentro Regional, em Valadares

Doadores valadarenses falam do papel importante de doar sangue e ajudar o próximo

O Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado todo dia 14 de junho, desde 2005. A data foi instituída após iniciativa em conjunto da Organização Mundial da Saúde, da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho. A campanha deste ano tem o slogan “Doe sangue para que o mundo continue pulsando”. Em Valadares, o Hemocentro Regional ficou movimentado durante o dia de hoje.

Além do Dia Mundial do Doador de Sangue, este mês também é destinado à campanha Junho Vermelho, que desde 2015 visa incentivar a doação de sangue e promover a conscientização da população de que isso faz diferença na vida de uma pessoa que necessita de sangue.

Erilane Barbosa é assistente social e responsável de equipe (captação, cadastro e registro de pacientes) do Hemocentro Regional. Ela disse que a unidade se preparou para uma boa movimentação, mas ressalta a necessidade de melhorar o estoque de sangue. “Foi muito positivo e recebemos muitos doadores de sangue. Preparamos uma semana diferenciada no Hemocentro, com ornamentação, distribuição de camisas, lanche diferenciado. Infelizmente, com a pandemia, nossos estoques caíram muito. Estamos passando por uma situação crítica e estamos precisando principalmente dos tipos sanguíneos O+, O- e A+. Hoje pela manhã tinha somente 15 bolsas de O+, um dos tipos mais utilizados na nossa região e é mais comum.”

De acordo com Erilane Barbosa, a data é uma homenagem ao imunologista austríaco Karl Landsteiner, que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos, e o Dia Mundial do Doador de Sangue tem que ser celebrado. “Celebrar essa data é falar da necessidade de sangue seguro e universal, e que a doação de sangue salva vidas, pois tem muitos pacientes que precisam desse sangue para sobreviver. O sangue é essencial também em procedimentos médicos e cirúrgicos. Ele não pode ser fabricado. Somente nosso corpo é capaz de produzi-lo. Por isso é importante que as pessoas se conscientizem da importância de doar sangue”.

Erilane Barbosa revela que o Hemocentro Regional de Valadares atende mais de 60 hospitais de Valadares e outras regiões (Foto: Arquivo Pessoal)

A doação de sangue é uma das formas de tentar salvar a vida de pessoas, mas, por ser uma ação voluntária, nem todo mundo se disponibiliza a doar. Erilane Barbosa também deixou um alerta sobre a necessidade da doação de sangue para abastecer a região. “Estamos precisando de doações de sangue para continuar atendendo os mais de 60 hospitais das regiões Vale do Aço, Rio Doce, Jequitinhonha, Mucuri e parte da zona da Mata. Manter os estoques em dia é um compromisso de todos nós. Realize o agendamento pelo site www.hemominas.mg.gov.br ou pelo Aplicativo MGApp. Caso não tenha acesso à internet, pode ligar para o Hemocentro de Governador Valadares (33) 3212-5852 que realizamos o agendamento. O atendimento é de segunda a sexta-feira, no horário de 7h30 às 16 horas. Estamos seguindo todo o protocolo de segurança para atender nossos doadores com aferição de temperatura na entrada do prédio, uso obrigatório de máscara, álcool em gel, distanciamento social e higienização das cadeiras. Já o agendamento está sendo online.”

Doadores destacam papel importante

É comum instituições, grupos religiosos, dentre outros, realizarem campanhas de doação nesse período específico. Pietro Cassiano é mestre conselheiro do Capítulo 100 da Ordem DeMolay de Governador Valadares. Ele relata que parte do grupo se fez presente no mês passado e realizou doação de sangue. “Nosso Capítulo todo ano realiza uma atividade que envolve a doação de sangue, seja de fato realizando a doação para aqueles que possuem todos os requisitos, seja pelo incentivo nas redes sociais para aqueles que não atendem todos os requisitos. A nossa ordem, que engloba jovens do sexo masculino de 12 aos 21 anos, tem como um dos objetivos criar bons cidadãos, ensinando-os princípios que devem ser seguidos para sempre, como o de ajudar tanto o próximo como a sociedade. Nossa ordem também é uma ordem filantrópica, que se preocupa em ajudar a sociedade de alguma forma, e a doação de sangue é uma das formas, visto que é um simples ato capaz de salvar vidas. No dia 12 de maio fomos até o Hemominas e realizamos a doação com seis pessoas, fora aqueles que compartilharam a arte nas redes sociais. Carregamos a seguinte filosofia: ‘Para ser útil à sociedade, não é necessário ser Demolay, mas para ser um Demolay é necessário ser útil à sociedade’. Essa doação de sangue demonstra isso, por isso nos mostramos presentes todos os anos realizando a doação.”

Pietro Cassiano revela que todo ano integrantes da Ordem DeMoley de Valadares fazem doação de sangue (Foto: Arquivo Pessoal)

O cabo Néris, 37 anos, atualmente mora em Aimorés, mas desde os 19 anos é doador regular. Segundo o militar, ele iniciou as doações na época em que fez o Tiro de Guerra de Valadares, em 2003. “As pessoas compareciam lá pedindo e falando das necessidades que estavam passando os familiares. No TG cheguei a doar a cada três meses. Mesmo após o TG continuei como doador. Vejo que a doação de sangue é uma ação de misericórdia mesmo e amor ao próximo. As forças de segurança tanto estadual quando federal incentivam muito essa ação através de palestras, campanhas internas e muitos pedidos oficiais nos sites internos.”

Cabo Néris é doador de sangue desde os 19 anos, quando serviu no Tiro de Guerra de Valadares (Foto: Arquivo Pessoal)

O jornalista, publicitário e editor de texto da TV Leste, Felipe Ribeiro, também destaca que se tornou um doador por influência no Tiro de Guerra. “Comecei a doar quando servi o Tiro de Guerra em 2016. Desde então, quando chega a época de eu ir ao Hemocentro de Governador Valadares, lá estou eu, contribuindo com a instituição e as vidas que são por ela atendidas. Costumo ir ao Hemocentro duas vezes ao ano. Geralmente, aproveito as minhas folgas para poder realizar esse ato importantíssimo de solidariedade. Confesso que tive receio na primeira vez, deu uma tontura, mas acho que foi por causa da ansiedade de doar logo, sabe? Não chega nem a 500 ml, é um processo seguro. Tudo é realizado com material descartável, o ambiente é higienizado, todos lá tratam a gente que vai doar muito bem, o que nos anima a voltar mais vezes.”

Felipe Ribeiro conta que é um privilégio ser doador voluntário (Foto: Arquivo pessoal)

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