Contratações de fim de ano, período mais esperado para os que buscam uma vaga no mercado de trabalho

O comércio valadarense já está na contagem regressiva para as festas de fim de ano. Faltando pouco mais de quarenta dias para a chegada do mês de dezembro, as expectativas de vendas e de aumento nas demandas aumentam, fazendo com que muitos empresários da cidade busquem mão de obra temporária e qualificada. Para muitos, é uma chance de sair do desemprego, da falta de experiência e, até, quem sabe, conseguir uma vaga definitiva. Uma pesquisa realizada em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que aproximadamente 103 mil vagas serão abertas até dezembro – um aumento de 43,8 mil postos de trabalho em relação ao previsto no ano passado.

A pesquisa também mostra que a maior parte (48%) dos empresários consultados deve contratar mais este ano do que no ano passado, enquanto 37% planejam abrir o mesmo número de vagas. Apenas 9% pretendem contratar menos funcionários. Considerando-se os que irão ampliar o quadro, 41% acreditam que a perspectiva de retomada da economia deve refletir no aumento das vendas – um crescimento de 30 p.p. em relação a 2018. Para 39%, a intenção é suprir a demanda para vender mais e 17% acreditam ser necessário investir na qualidade do atendimento.

De acordo com o presidente do Sindicomércio de Governador Valadares, Hercílio Coelho Diniz, com a injeção do 13º na economia, é bem provável que as vendas de fim de ano acompanhem esse incremento. “Com mais renda no país, mais as pessoas irão comprar. Ao mesmo tempo, é necessário aumentar o número de colaboradores para atender à dinâmica do fortalecimento de vendas, não somente em Valadares, mas em todo o estado. E, certamente, vamos torcer para que essas vagas temporárias aqueçam a economia e se tornem permanentes, o que irá beneficiar a economia e o comércio de Minas e do Brasil”, destaca.

52% dos que vão contratar pretendem empregar temporários

Dentre os empresários que já contrataram ou que irão contratar neste fim de ano, 52% empregarão temporários, 49% abrirão vagas informais e 45% formais, ou seja, com carteira assinada. Há ainda 28% de casos em que a contratação será terceirizada. Dentre os que recorrerão à mão de obra informal, a maioria (54%) justifica se tratar de uma contratação específica para o período de Natal, sendo inviável a carteira assinada. Em contrapartida, 29% acreditam que, dessa forma, reduzirão custos, uma vez que, em tempos de crise, as pessoas estão mais dispostas a fazer bicos. Outros 12% terão menos despesas com a folha de pagamento.

Para as posições temporárias, a média de contratação deve ficar entre um e dois profissionais. Quatro em cada dez (41%) devem permanecer por três meses, enquanto 23% ficarão por dois meses e 12% apenas um mês. A boa notícia é que a maior parte dos empresários (40%) tem a intenção de efetivar os temporários, sendo 29% um único colaborador e 11% dois ou mais colaboradores.

A empresaria Maria Beatriz Silveira Santos, de uma loja de roupas femininas e masculinas, tem o costume de fazer contratações temporárias no mês de dezembro. “Todos os anos apostamos em profissionais temporários para trazer um atendimento de qualidade aos nossos clientes. Na maioria das vezes, esses profissionais são contratados. Este ano pretendo contratar cerca de quatro reforços e, dependendo do desempenho, eles devem continuar fazendo parte da nossa equipe.”

Já a empresária Talitha Ferreira Ligeiro Chaves, que inaugurou no dia 9 de outubro uma loja de laços no GV Shopping, conta que será sua primeira experiência. “Ainda não sei como vai ser. Já tenho três funcionárias e pretendo contratar mais três, no mês de dezembro, já que é o mês em que mais crescem as vendas durante o ano; então, devemos oferecer um atendimento de qualidade e agilidade nas compras de fim de ano.”

O presidente da CDL em Valadares, Rogers de Marco, vê a iniciativa das empresárias Thalita e Maria Beatriz como uma ótima oportunidade para quem busca uma colocação. “A contratação temporária é uma porta de entrada interessante neste momento. Por um lado, é uma oportunidade para quem está desempregado, porque é o momento de mostrar proatividade para tentar a efetivação na empresa; por outro, mostra que a expectativa do empresário está crescendo e se restabelecendo aos poucos”, comenta o presidente da CDL-GV.

Profissional cobiçado: média de 28 anos, com ensino médio e experiência na área

Na comparação entre gêneros, nota-se uma pequena diferença: 35% dos empresários do varejo devem optar por homens, enquanto 28% por mulheres e 37% mostram-se indiferentes com relação a isso. Quanto à faixa etária, os colaboradores novos devem ter uma média de 28 anos.

Sílvio Figueiredo, superintendente do GV Shopping, explicou que as contrações temporárias são uma oportunidade. “As empresas do varejo aumentam seu quadro de funcionários para atender às demandas, que crescem significativamente no período entre o Dia das Crianças e volta às aulas. As vagas de empregos temporários representam uma grande oportunidade para jovens que estão em busca do primeiro emprego e também para quem procura a reinserção no mercado de trabalho.”

Além disso, a maioria espera que o profissional tenha o ensino médio completo (39%). Em relação às competências profissionais, mais da metade (56%) dos empresários pede experiência anterior na área. Outros 18% dão preferência a quem tenha feito algum curso técnico na área. As contratações devem se concentrar em novembro (29%) e 14% deixarão para abrir vagas em dezembro.

por Angélica Lauriano

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