Confederação Brasileira de Voo Livre homenageia primeiro campeão nacional de parapente

Bruno agradecendo a homenagem e garantindo: ‘vou voar enquanto ficar de pé’

Entre briefings, decolagens e pousos, a final do Campeonato Brasileiro de Parapente 2019 fez uma pausa para um justo agradecimento. Durante o evento, que ocorreu em Poços de Caldas (MG) na primeira semana de setembro, a Confederação Brasileira de Voo Livre – CBVL prestou homenagem a Bruno Menescal, o primeiro campeão nacional da modalidade.

O carioca levantou a taça em 1989, nos primórdios do esporte no país. No mesmo ano, integrou a seleção verde e amarela no primeiro campeonato mundial, na Áustria. Depois, conquistou uma série de outros títulos, além de incentivar a formação de novos atletas por décadas através de sua escola para pilotos.

Três décadas  no voo livre

Se hoje o Brasil é reconhecido como uma das maiores potências e possui alguns dos principais sítios de voo do mundo, essa tradição se consolidou através de pessoas como Bruno Menescal. Pilotos e gestores atenciosos, que se dedicaram através do tempo para fortalecer a imagem do país.

Menescal começou a voar por curiosidade, quando tinha pouco mais de 20 anos. “Eu era alpinista e lembro bem quando chegou o primeiro parapente. Causou certo espanto e o pessoal usava para descer as montanhas. Logo quis participar”, recorda.

“Pude acompanhar a grande evolução que o esporte teve nos últimos 33 anos. No início era praticamente um paraquedas e aconteciam várias coisas experimentais, quase bizarras, inclusive. Logo os equipamentos, tecidos, materiais, se desenvolveram muito. A grande evolução foi no campo da segurança e aí o aprimoramento das técnicas de pilotagem emergiu junto”, destaca.

A conquista do primeiro brasileiro

Mas como era a prática do voo livre no Brasil de 30 anos atrás? Menescal se lembra bem. “Estávamos em um clima festivo naquele primeiro Brasileiro. Éramos um grupo de amigos, algo em torno de 25 ou 30 pilotos. O sentimento que tínhamos, além desse de amizade e confraternização, era o de desbravar. Estávamos descobrindo algo novo”, frisa o campeão.

Atualmente, o piloto vive na Polônia e segue ativo em competições, aos 60 anos de idade. “Eu tenho um enorme sentimento de saudosismo quando penso em tudo o que passou. Em todas as coisas boas e nas dificuldades, também. Mas, sobretudo, é uma sensação de gratidão. E parar não está nos planos. Vou voar enquanto ficar de pé”, garante.

E, para finalizar, aquela dica de veterano aos iniciantes no voo livre? Tem, também. “O voo livre é aprendizado; então, nunca pule as etapas. Conhecimento e habilidade só vêm com o tempo; então, tenha calma e domine uma lição de cada vez. Tive escola de parapente (a primeira do Brasil) por mais de 20 anos e essa é a grande lição que aprendi.”

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