[the_ad id="288653"]

Como é bom viajar!

por Coronel Celton Godinho (*)

Sem sombra de dúvidas, um dos meus maiores prazeres é viajar. Nosso mundo é maravilhoso, repleto de belezas naturais e culturas muito diferentes da nossa. Estes aspectos sempre me fascinaram, além de possibilitar conhecer novas pessoas e modos de vida diversos de nosso país.

Aliás viajar me dá muito prazer, do início ao fim, desde a ideia inicial até os preparativos. A ansiedade que envolve as viagens e as pesquisas e escolhas do destino me fazem ficar muito “elétrico” e ligado.

Ainda não sei dizer o motivo de tanto prazer em viajar, mas sinto que sou um cidadão do mundo, e gostaria de conhecer vários lugares e povos. O mais interessante é que durante as viagens já fico pensando qual será a próxima, o destino; e se até lá terei condições. O tempo passa e não tem nenhuma pena da gente.

Tenho a impressão, ao viajar, que todos os lugares aonde vou têm um pedaço de mim. É uma sensação estranha, mas muito gostosa.

Ah! E todas as minhas viagens têm um lado gastronômico. Adoro conhecer e provar as comidas típicas de cada localidade, com seus sabores e seus temperos.

Viajar é viver! Viajar é recordar!

Herança dos pais

Acho que esta vontade e prazer de viajar foram herdadas de meus pais, que também adoravam viajar.

Ainda me recordo das viagens em família, principalmente para a praia. Morávamos em uma cidade do interior de Minas Gerais, então todos sabem como o mineiro ama o mar, a praia, nem que seja apenas uma vez ao ano.

Os preparativos já se iniciavam no início do ano escolar, pois tínhamos que guardar as “moedinhas” nos cofrinhos, e fazermos as nossas poupanças para termos “dindim”, a fim de gastarmos na praia com picolés e outros saborosos produtos praianos. 

Mas normalmente meus pais programavam a viagem para a segunda quinzena de janeiro, após as festas de fim de ano, sempre tradicionais em minha família de origem.

Contudo à medida em que chegava o dia da viagem, a ansiedade tomava conta da gente.

Meu pai tinha um VW, fusca, e se não me engano, ano 74. Foi um dos primeiros carros dele. Era apaixonado pelo seu fusca! Eu era muito criança e tudo era festa!

Viagem começava de madrugada

Meu pai gostava de sair de casa sempre bem cedo, por volta das 4h30 da matina. Mas para mim e meus irmãos ainda era madrugada. Então minha mãe vinha nos acordar, e a gente, meio que ainda dormindo, corria para nos arrumarmos, pois meu pai detestava atrasos.

Aí a festa começava já na entrada do carro. Nós já corríamos para garantir o melhor lugar no “enorme” fusquinha. Mas queríamos ir dormindo, e a briga por espaço era normal, e, muitas vezes, meu pai tinha até que parar o carro para colocar “ordem nos viajantes”. Eu ficava rindo e bocejando de tanto sono.

A ansiedade tomava conta da gente a viagem inteira, e, quando chegávamos, após ajudarmos na retirada das bagagens, corríamos para a beira da praia.

Ainda me lembro das caminhadas na areia com meu pai, de cada detalhe das nossas viagens, e dos conselhos e cuidados de minha mãe.

Aprendi com eles também como planejar uma viagem e como saboreá-la a cada instante; a valorizar todos os momentos.

Alguns amigos acham estranho eu gostar tanto de viajar, e, mesmo antes de retornar de uma viagem, já estar pensando em outra, mas como disse certa vez o grande músico e compositor Paulinho da Viola: “Voltar é quase sempre partir para outro lugar”.

Para mim, viajar é vida!

Então aproveitemos e vamos viajar, porque o tempo não para e nem tem pena da gente!

(*) Advogado militante – Coronel da Reserva da Polícia Militar.
Curso de gestão estratégia de segurança pública pela Academia de Polícia Militar e Fundação João Pinheiro

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

A era das contradições

🔊 Clique e ouça a notícia Wanderson R. Monteiro (*) Estamos vivendo em tempos difíceis, onde tudo parece mudar de uma hora para outra, nos tirando o chão e a

O antigo futebol de 11 contra 11

🔊 Clique e ouça a notícia Luiz Alves Lopes (*) No futebol do passado, que encantava, situações delicadas e pitorescas ocorriam, algumas, inclusive, não republicanas, próprias do mundo dos humanos