Casos de estupro de vulnerável no Leste e Nordeste de Minas assustam e levantam alerta

Delegada e psicóloga orientam para as mudanças comportamentais das crianças vítimas de abuso sexual

Em fevereiro deste ano foram noticiados quatro casos de estupros nas regiões Leste e Nordeste de Minas Gerais. Os casos aconteceram no período de duas semanas em Nanuque, São Pedro do Suaçuí, Minas Novas e Bertópolis. Há algo em comum em todos os casos: as vítimas são vulneráveis.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, foram registrados 991 casos de estupro consumado em todo o estado, no ano passado. Já em Governador Valadares, em 2021, foram 19 estupros consumados.

A delegada Adeliana Xavier explica que as crianças vítimas de abuso sexual mostram os sinais. “Toda criança que é vítima de estupro, ela muda. Se a criança é muito extrovertida, ela começa a ficar acanhada, ela não quer estar perto da pessoa. Porque, geralmente, as pessoas que cometem crime de estupro contra crianças são pessoas muitas próximas… a criança precisa ter confiança”.

A psicóloga social Tandrécia Cristina de Oliveira reforça o padrão do abusador. “O abuso sexual ocorre por pessoas mais próximas da família, quando não do próprio familiar. A primeira coisa é desconfiar daqueles que são mais próximos, por mais que isso doa”, explica.

Segundo a psicóloga, o diálogo entre responsáveis e filhos é essencial para a proteção das crianças. “É fundamental o acompanhamento e o monitoramento. Toda criança é vulnerável e suscetível a esse tipo de ‘armadilha’. Então, o acompanhamento familiar é muito importante, independentemente da idade da criança. Sozinha ela não tem como se defender. ”

Segundo o Tribunal de Justiça, para o estupro de vulnerável – isto é, praticar ato libidinoso com menor de 14 anos, por qualquer outra causa, que não pode oferecer resistência – a pena é de 8 a 15 anos, sendo aumentada, no caso de lesão corporal grave, de 10 a 20 anos.

A delegada orienta, ainda, para a denúncia de casos de abuso. “O conselho tutelar tem aparato de psicólogos e terapeutas para dar todo o suporte para aquela criança, para a família. O próprio conselho tutelar, depois do primeiro atendimento, encaminha a criança para a Delegacia de Mulheres. A autoridade policial vai instaurar inquérito policial e a criança vai ser encaminhada ao IML, para exame de corpo de delito”, finaliza.

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