por Luiz Alves Lopes (*)
O campeonato brasileiro do corrente ano entra em sua reta final. E o que faria um bem danado com o título recaindo sobre o Botafogo de Futebol e Regatas, já não é mais certeza absoluta.
É bem verdade que o clube da estrela solitária tem muita culpa, caindo consideravelmente de produção na reta final da competição. Porém os jogos do Brasileirão 2023 merecem análise profunda envolvendo a arbitragem em nosso país.
Determinadas situações ou mesmo acontecimentos estranhos ocorreram e continuam a ocorrer no desenrolar de um campeonato inusitado, palpitante e empolgante, porém, permeado de resultados em que as arbitragens impuseram os placares.
E cediço para todos os mortais que DOLO e CULPA são situações antagônicas, sintetizando procedimentos altamente diferenciados e que muitas vezes recebem análises distorcidas, equivocadas e incabíveis mesmo.
Conduta ou procedimento DOLOSO diz respeito à pessoa que age intencionalmente visando alcançar um determinado resultado ou objetivo, importando o fruto de um comportamento negligente, imprudente ou mesmo desprovido de habilidade apropriada.
Por conduta CULPOSA, entende-se aquela em que a pessoa ou agente provoca determinada situação ou resultado, decorrente de precipitação, da falta de cuidados, inobservância de determinadas normas ou regulamentações ou ainda inabilidade por ocasião de sua conduta.
O contato físico é uma realidade na prática do esporte das multidões. Por décadas e décadas, regras rígidas, soletradas e conhecidas marcaram as realizações dos confrontos futebolísticos, não importando a maior ou menor importância dos contendores.
Vieram as inovações, alterações e mudanças profundas em algumas regras do jogo, com destaque para aquelas que impuseram ou permitiram tomadas de posições esquisitas, contraditórias e duvidosas por parte de nossos árbitros e de um famigerado grupelho encarregado da administração do VAR.
Enquanto em países sérios, organizados e preocupados com a lisura dos resultados das partidas futebolísticas, o profissionalismo na adoção das medidas apresenta resultados altamente positivos. Por aqui, o DESASTRE tem sido monstruoso, motivando críticas, reclamações e revoltas de todos os tipos.
Situações idênticas com tratamentos e interpretações diferenciadas, expulsões duvidosas, cartões em profusão, não importando as cores, marginalização de determinados atletas e treinadores, enfim, tem muita coisa estranha ocorrendo dia sim, outro também, no futebol que um dia foi o melhor do mundo.
Nos repugnantes DIÁLOGOS que vêm ocorrendo entre árbitros e integrantes das equipes de VAR, constata-se o despreparo e falta de critério dos atores citados, permitindo-se raciocínios e entendimentos maquiavélicos, próprios de seres humanos. Uma lastima!
E as distorções? Determinados árbitros têm entendimento próprios em relação a determinados lances e condutas, enquanto outros caminham em sentidos opostos. Daí a insegurança…
E o que falar do peso das CAMISAS? Dos clubes de massa de torcedores? De melhores situações financeiras? O futebol brasileiro caminha para o abismo, para o descrédito e desmoralização total. Uma pena!
Saudades do romantismo que um dia foi a marca maior do futebol da terra de Edson Arantes do Nascimento e Manoel Francisco dos Santos. Apelemos para Nelson Rodrigues ou mesmo para o Sobrenatural de Almeida.
(*) Ex-atleta
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