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Além do Enem

FOTO: Dragana_Gordic/Freepik
Por Carlos Torrente (*)

Durante muitos anos, a única forma de ingresso no Ensino Superior era o vestibular. Preparávamos os nossos alunos para fazer a tão temida prova de vestibular. As escolas, principalmente as privadas, tornavam-se famosas de acordo com o número de alunos aprovados no vestibular. Depois surgiu uma nova forma de ingresso, que era através do Enem, e num primeiro momento, não teve adesão de um grande número de universidades. Hoje poucas instituições públicas aplicam as provas do vestibular.

Um assunto que vem sendo muito comentado por aqueles que pretendem entrar numa universidade pública são as vagas olímpicas, que é um processo que só podem concorrer os candidatos que tenham conquistado medalhas em olimpíadas científicas nacionais e/ou internacionais durante o Ensino Básico (Fundamental e Médio). Alguns exemplos nacionais deste tipo de competição são as Olímpiadas de Matemática, Física, Robótica, História e Linguística.

No Brasil, essa prática de considerar o currículo do Ensino Básico na hora de ingressar na universidade é muito recente. As universidades pioneiras nesta prática, que começou em 2019, foram a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a USP (Universidade de São Paulo). Estas universidades implementaram as chamadas vagas olímpicas, que é uma forma de ingresso em instituições públicas de Ensino Superior.

Hoje, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Instituto Federal do Sul de Minas Gerais e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) são algumas universidades públicas em que o aluno pode ingressar ao Ensino Superior através das vagas olímpicas.

Nos grandes centros, principalmente nas escolas privadas, já existem os projetos olímpicos, visando preparar seus alunos para a conquista de medalhas olímpicas. Aqui no interior são poucas as escolas privadas que têm um projeto olímpico, o que, muitas vezes, levam alguns alunos, com um poder aquisitivo melhor, procurar escolas privadas da capital do estado. Quando falamos de escolas públicas, existe um trabalho com bons resultados nos Colégios Tiradentes e nos Institutos Federais, algumas secretarias municipais de educação que têm investido na preparação de futuros medalhistas, além de alguns professores da rede estadual, que, num trabalho voluntário, preparam seus alunos para as conquistas destas medalhas.

Várias olimpíadas científicas são realizadas todos os anos no Brasil e no mundo e muitas escolas, principalmente privadas, não aderiram a esta forma de competição, tirando de seus alunos a oportunidade de, além do Enem e do vestibular, ingressar na universidade pública através das vagas olímpicas.

Vale ressaltar que quanto maior o número de medalhas conquistadas, maior a chance de ingresso no ensino superior, pois são consideradas todas as conquistas da educação básica (Fundamental e Médio).

(*) Mestre em Educação Matemática pela UFOP, especialista em Matemática e Estatística pela UFLA e graduado em Matemática pela FUNEC (Caratinga)

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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