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A tragédia dos fuzis

Dr. George Wagner Alvarenga Simões (*)

Nos últimos dois anos, o número de armas ilegais apreendidas pela Polícia Militar foi de 400 por mês, quase cinco mil por ano. A principal causa dos homicídios no Brasil é o projétil de arma de fogo, conhecido como PAF.

A destruição que o PAF (projétil de arma de fogo) ocasiona no corpo humano é, em sua grande maioria, fatal. As lesões são tão graves que, quando não levam à morte, a vítima fica com sequelas para o resto da vida, não só sequelas físicas como também psicológicas permanentes.

O Rio de Janeiro está em 15º lugar entre as capitais mais violentas do Brasil, segundo detalhado estudo do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada em julho de 2019. Em declaração do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, a capital é, sem sombra de dúvidas, a que mais possui fuzis nas mãos de marginais.

Os PAF são classificados em baixa e alta velocidade. Os de baixa velocidade até 600 metros por segundo são pistolas e revólveres; os de alta velocidade, chegando a um quilômetro por segundo, são os fuzis. Também, leva-se em conta a natureza do projétil, seu peso, calibre e a distância do disparo, podendo então calcular o tamanho do dano que se pode produzir em um indivíduo.

Esses fatores, ao se combinarem, ocasionam uma transferência de energia do projétil em movimento para o corpo humano, atingido, sendo proporcional à metade de sua massa e ao quadrado de sua velocidade (Ec=1/2mv2).

Os de baixa energia, ao atravessarem os tecidos, produzem uma cavitação temporária e limitada. Por outro lado, os projéteis de alta energia produzem grande destruição, ocasionando fraturas, implosões de grandes órgãos como o fígado, rins e coração e, consequentemente, lesões muito extensas e de difícil resolução. Fica a pergunta: como fazer para que os marginais entreguem seus fuzis?


(*) Dr. George Wagner Alvarenga Simões
Cadeira 29 – Patrono: Oscar Mendes Guimarães
Academia Valadarense de Letras

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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