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A prisão, a base, a família e a educação

Correu o mundo e foram notícias nos veículos de comunicações as prisões dos futebolistas brasileiros Robinho e Daniel Alves, ambos famosos, vencedores, integrantes de clubes consagrados mundialmente e com passagens pela seleção canarinha, que um dia foi a melhor do mundo.

Seres mortais das mais variadas espécies, todos eles, midiáticos ou não, com ou sem conhecimento de causa, se sentiram no direito de tecerem críticas, avaliações, comentários e considerações a respeito do ocorrido com cada um dos citados ’mulatinhos’, recriminando, ditando normas e recomendações por todos a serem seguidas daqui por diante. Verdadeiras fábulas.

De repente a classe e categoria dos futebolistas e de outras mais que nas proximidades gravitam, se deram conta de que, em tese, somos todos iguais em direitos e obrigações, muito embora a fama, a riqueza e o status quo erroneamente levam a entendimentos e visões diferentes, permitindo ou oportunizando condutas reprováveis. Casos concretos.

Paladinos da Justiça e palpiteiros em profusão se alvoram em críticas ferrenhas em relação às “bases” dos nossos clubes e o trabalho nelas desenvolvido, atribuindo de forma excessiva aos que nela militam, atributos que não lhes são próprios. Quando muito, atividades complementares em todos os sentidos.

Família

A FAMÍLIA é a célula mater da sociedade, disse um dia Rui Barbosa, muito embora nos dias atuais seu desmonte ou desmantelamento seja visível e preocupante.

Sim, à família cabe cuidar, gerir, amparar, frear e educar a ingênua criatura humana, nascida de uma mulher e que está sujeita às intempéries, contradições, injustiças e adversidades de um mundo marcado pela desigualdade.

Para tanto, o ESTADO, esta figura dantesca segundo determinado Rei de Roma, deve se fazer presente em determinadas situações e momentos, todos eles previstos em leis, em se tratando de países democráticos, civilizados, humanos e que recepcionem a justiça e a paz social.

Se é verdade a máxima ditada por determinadas agremiações que “craques os fazemos em casa…”, não menos verdade que “a educação deve vir do berço familiar”, não podendo ou não devendo haver terceirização ou delegação de competência.

Certamente que nos casos em comento e outros tantos que permanecem debaixo dos tapetes envolvendo famosos de várias correntes, a instituição família não se houve bem, com o acerto desejado. Plantando vento, normalmente colhe-se tempestades.

Educação

E a EDUCAÇÃO em nosso país? Desigual ou para todos? Regra geral de onde saem os futebolistas? Das camadas dominantes ou, regra geral, da periferia, da favela e dos guetos? Nelas há a presença do Estado (União, estados e municípios)?

Relatórios e estatísticas as mais diversas atestam que a educação em nosso país simplesmente está nos piores patamares, sofrível mesmo. Há um faz de conta danado, importando apenas e tão somente na expedição e entrega de um papel em forma de canudo. Triste e deplorável.

Voltando aos nossos apenados-encarcerados craques, tivessem eles enfrentado a palmatória da dona Maricota lá da zona da mata das Minas Gerais, ajoelhados no caroço de milho ou do feijão, ou mesmo o gosto amargo da vara de marmelo ou os tradicionais beliscões e puxões de orelhas, certamente teriam sido orientados para a caminhada de vida terrena, em especial a partir do ostracismo, do esquecimento e do envelhecimento.

Pobre país em que a Educação é apenas um detalhe, um item a mais em sua estrutura governamental recheada de publicidade e de discussões sob holofotes em ambientes delimitados e com restrição de público. Há inúmeros atores a serem ouvidos.


(*) Ex-atleta


FOTO: Divulgação

N.B.1 – E o Democrata Pantera contou com as bênçãos dos Deuses do Futebol, permanecendo na elite do futebol das Minas Gerais. Quanto aos vizinhos…

N.B.2 – O equilíbrio futebolístico do futebol das Américas ficou demonstrado nos resultados iniciais da Copa Libertadores. Ou, quem sabe, patente está o declínio do futebol brasileiro.

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