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A corrida maluca começou

(*) Walber Gonçalves de Souza

A “Corrida maluca” é uma série de desenho animado em que vários personagens que são protagonistas de outros desenhos, como Penélope Charmosa, Dick Vigarista, Rabugento, entre outros, se reúnem em uma competição automobilística. Como qualquer desenho há seus exageros e o importante é ser o primeiro, portanto, ganhar a corrida mais louca do mundo.

Dentro das devidas proporções, mas não muito diferente do desenho, levando em consideração as características dos personagens, estamos vendo o início de mais uma corrida maluca, só que agora o que importa é a conquista do voto do eleitor, pois é com ele que se chegará ao pódio da vitória eleitoral.

Infelizmente, nessa corrida maluca eleitoral, pelo menos é o que a história nos mostra, é que vale tudo para conquistar o voto do eleitor. Num estilo bem maquiavélico o que interessa é o fim, a vitória, pouco importando o meio, portanto, o que se faz para ganhar.

Bem ao estilo Dick Vigarista, mentiras são inventadas, que agora ganharam um nome pomposo e falacioso: “FAKE NEWS”; compra de votos das mais diversas formas ainda reinam nas entrelinhas da miséria social e humana; conchavos nos bastidores do poder, para aglutinar caciques e coronéis; e no meio de tudo isso, aquela pitada de traição, mentira e venda de ilusão.

Temos também na corrida eleitoral de 2020, figuras que lembram o Capitão Caverna, com sua fala enrolada; as Penélopes Charmosas, marcando a presença da mulher; o carro tanque e seus soldados, mostrando a presença dos policiais na política; a quadrilha maravilha, e seus gângsteres, talvez seja o retrato mais fiel de grande parte dos políticos atuais, pois é grande o número de bandido travestido de gente honesta e simpática; Peter Perfeito, que de perfeito era só o papo; enfim, é possível verificar a “presença” de todos eles.

Óbvio que existem pessoas honestas, republicanas, que realmente querem trabalhar em prol da comunidade, em prol de uma cidade melhor para se viver. Nem sempre conseguem emplacar seus objetivos, mas não podemos negar que elas existem. O difícil como sempre é separar o joio do trigo. Ou não ser enganado por um joio fantasiado de trigo.

O fato é que teremos que escolher, que no final da corrida maluca alguém vai ganhar e esses ganhadores serão os responsáveis por administrar os bens públicos durante quatro anos. A corrida pode até ser maluca, mas o desfecho é sério.   

Claro que queremos que em 2020 seja tudo diferente, que consigamos escolher no transcorrer dessa corrida maluca os nossos representantes políticos através de uma forma minimamente sensata, que só acontece quando propostas eficazes e possíveis de serem realizadas são apresentadas. Como a corrida só está começando, aguardemos para ver o desenrolar dos fatos.


(*) Walber Gonçalves de Souza é professor e escritor.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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