por Igor Torrente (*)
Curiosamente, apenas duas indústrias se referem aos seus clientes como “usuários” — a de drogas e a de software. Essa comparação, longe de ser uma coincidência, destaca a necessidade de adotarmos um comportamento cauteloso com o que consumimos nas redes sociais.
Por exemplo, com frequência, a gente se depara com postagens que retratam vidas perfeitas. Embora seja natural admirar esses conteúdos, é essencial reconhecer a importância de equilibrar o que consumimos digitalmente. E assim como uma dieta alimentar balanceada é essencial para a nossa saúde, uma variedade de informações é tão importante quanto para a saúde mental.
A exposição constante a apenas um tipo de narrativa — especialmente a que enfatiza a perfeição e o sucesso — pode gerar frustrações e uma sensação de inadequação. No entanto a realidade é bem mais complexa, compreendendo uma mistura de sucessos e fracassos, alegrias e tristezas. E ao nos limitarmos a uma única narrativa, corremos o risco de distorcer a nossa visão e compreensão de mundo.
Portanto valorizar a diversidade de conteúdo nas redes sociais é mais do que uma questão de preferência. Ao abraçar múltiplas histórias e experiências, ganhamos um entendimento mais profundo e completo da realidade. Isso nos ajuda a desenvolver empatia, resiliência e, acima de tudo, uma visão mais saudável de nós mesmos e dos outros.
Dessa maneira, enquanto navegamos pelas redes sociais, devemos ser conscientes e críticos do conteúdo que consumimos. Precisamos buscar o equilíbrio por meio de uma diversidade de vozes e narrativas para contribuir com o nosso bem-estar mental e emocional.
(*) Profissional com ampla experiência no desenvolvimento de negócios e produtos, com passagens por Méliuz, Itaú, PicPay e Prefeitura de Valadares. Fala sobre inovação, tecnologia, estratégia, marketing e gestão
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