Que a paz esteja com vocês, amados leitores.
Antecipando-me ao 11 de agosto, Dia dos Pais, tomo a liberdade de usar este espaço para me dirigir especialmente a você, pai. Acorda bem cedinho, vai para o trabalho e se doa de maneira às vezes sobrenatural, tudo para honrar a sua nobre condição de PAI, ou esposo.
As contas estão em dia (às vezes), os filhos estão na escola e alguns até numa instituição religiosa, na busca do alimento espiritual. Sua preocupação é que não lhes falte nada. Vivas! Parabéns! Opa, ainda não.
Uma triste verdade é que, se perguntássemos aos filhos, estes mesmos, bem cuidados com as necessidades básicas do dia a dia, se têm tudo que queriam, muitos vão dizer: “Me falta o tempo do meu pai, seu abraço, seu carinho, sua atenção”.
Pois bem, “heróis”, hoje eu quero fazer-lhes este desafio: invertam as prioridades, porque o que seu filho quer e necessita primeiro é do pai presente, muito antes do pai provedor.
Certamente, filhos unidos a seus pais por laços de uma cumplicidade afetiva são mais felizes e aprenderão, para a vida futura, o real e mais forte valor da paternidade. Ouvir ‘eu te amo’ é revigorante, mas dizer ‘eu te amo’ é uma atitude de grandeza sem medida.
Tudo bem, domingo, 11 de agosto vem aí, as famílias vão se reunir, e tome cartões, tome presentes, tome abraços, tome churrasco ou um dia especial de ‘almoço fora’…! E depois, a partir do dia 12 de agosto, vai voltar ao normal do dia a dia? Será que as manifestações carinhosas têm que se limitar a um dia específico?
Eu diria: “filhos, honrem seus pais, respeitem-nos sempre. Não aumentem a voz, nem mesmo deixem de amá-los por um minuto sequer, independentemente dos seus defeitos. Eles são presentes de Deus enviados para cuidar de vocês”. É preciso que os filhos entendam esta verdade, antes que o tempo se esgote e as estradas da vida lhes indiquem caminhos que não lhes permitam mais aquele abraço forte e a docilidade de aproveitar sua presença.
E quanto a você, pai, vou ser um pouquinho mais técnico, mesclando Efésios e Gênesis: “…E vós, pais, não provoqueis a ira dos vossos filhos, mas educai-os de acordo com a disciplina e o conselho do Senhor. Caminhando como servos. Porquanto Eu o escolhi, para que instrua seus filhos e todos os seus descendentes acerca de conservarem-se no Caminho do Senhor, praticando o que é justo e direito”.
Se você, pai, e se você, filho, tiverem em suas mentes o cumprimento de todas as responsabilidades do dia a dia, sobretudo embasadas nas virtudes do amor, tenho certeza de que o dia 11 de agosto será apenas um dia escolhido para festejarem este amor, e que esse mesmo amor seja estendido por todos os dias de suas vidas.
Aí, a paz, o respeito, o reconhecimento e a colaboração farão parte da grande edificação e solidez da família, onde vocês serão protagonistas num mar de felicidade, e não meros coadjuvantes que apenas notam o tempo passar friamente.
Aos felizes filhos, desejo um Dia dos Pais repleto de carinho e amor, e aos mais felizes pais, que seu papel não seja apenas de sustentar seus filhos com os bens materiais, mas que o amor, respeito e honra completem e premiem essa sua missão.
Agora, sim: Vivas! Parabéns!