Luiz Alves Lopes (*)
O senhor Adenor Leonardo Bacchi, gaúcho de Caxias do Sul, foi futebolista mediano que atuava como médio volante. Atuou até os 28 anos de idade, encerrando sua curta carreira de atleta de futebol profissional em decorrência de contínuas contusões. Defendeu o Caxias, Esportivo de Bento Gonçalves, Guarani de Campinas e Lusa do Canindé.
Tornando-se técnico de futebol, comandou inúmeros clubes brasileiros e estrangeiros, dentre os quais, Inter de Porto Alegre, Grêmio de Porto Alegre, Ypiranga-RS, Juventus-RS, Caxias-RS, São Caetano, Guarani, Veranópolis, C.A.Mineiro, Palmeiras, Al Ain, Al Wahda, Corinthians e seleção brasileira. Currículo considerável quer nos parecer.
À frente da seleção brasileira venceu uma Copa América (2019) e, em relação a clubes que dirigiu, fez do Corinthians vencedor2 vezes do Brasileirão, vencedor da Libertadores e também do Mundial de Clubes. Um ídolo do clube paulista! Outros títulos de menor expressão foram conquistados.
De mal com a vida
O senhor Adenor Leonardo Bacchi, cujo nome de guerra é TITE, esteve à frente da seleção brasileira de futebol nos mundiais de 2018 na Rússia e 2022 no Catar. As campanhas e rendimentos não foram bons, a exemplo de inúmeras outras seleções de grande porte do planeta terra (Alemanha, Rússia, Espanha, Inglaterra, Portugal, Dinamarca, etc. etc.). Normal na prática do futebol association, onde apenas um se torna vencedor da disputa.
De repente, mais do que de repente, pseudos donos do futebol brasileiro, em especial ex-atletas frustrados transvestidos de comentaristas esportivos, desandaram em todo o tipo de críticas e ofensas ao treinador, ao seu trabalho e resultados (que efetivamente não foram bons), fazendo vistas grossas ao desempenho de muitos futebolistas, a quase totalidade, que não corresponderam dentro das quatro linhas.
E o que é pior: acham-se no direito de tecer considerações sobre a vida íntima e particular do profissional e sua família, ao entendimento de que o conforto no seu viver, alcançado com méritos pelo trabalho honesto desenvolvido em toda sua trajetória profissional, se transforme em pecado mortal. Podres. Desclassificados. Estão de mal com a vida.
Adenor – O TITE – está fora do comando técnico da seleção brasileira. Diga-se de passagem, que, independentemente do êxito ou não na Copa do Catar, já era uma decisão tomada. Busca-se um novo técnico. É preciso agradar aos ‘donos do futebol no Brasil’. Não vai ser tarefa fácil.
Se estivéssemos na década de 80, daqui da terrinha, certamente alguns nomes fortes estariam no páreo: Weliton “Kolinos” Prates, Natalino”Natal” Monteiro, Wilsonde Souza e KÓI (o mais antigo, não o atual), Pelezinho, Ferreirinha e Kanelinha com certeza disputariam o galardão de ser técnico da seleção que um dia praticou o melhor futebol do mundo. Atualmente, a cornetada é muito forte e certamente nossos indicados sucumbiriam também. Uma pena!
O trabalho censurável e reprovável, que alguns que não são poucos se prestam em relação à situação atual do ex-técnico da seleção brasileira, nada difere de situações outras vivenciadas em setores e organismos diversos da sociedade civil, que na área pública ou privada atinge ainda a sociedade civil organizada (terceiro setor).
Em Valadares, ah! Valadares, a história registra o papelão que fizeram com o médico e político Ladislau Sales, em passado já um tanto distante. Mas é uma história triste, suja erevoltante que demonstra que ódio e rancor, com frequência, se fazem presentes quando o assunto é política.
Esporte valadarense
No esporte valadarense e em associações e instituições outras, inclusive, algumas que pregam a valorização e defesa da dignidade da pessoa, procedimentos cruéis, reprováveis e inconcebíveis são praticados comfrequência, sempre nabusca do estrelato, do mando e da posição social. E haja puxa-saquismo, superveniência, omissão e interesses outros inconfessáveis.
Na base do vale-tudo, na busca do poder de mando, figurinhas e figurões, constituindo pequenos grupos, vão se infiltrando, encostando e valendo-se dos expedientes mais sórdidos e reprováveis; valem-se de oportunidades para alcançarem seus objetivos.
Para tanto falseiam, traem, mentem, fingem, caluniam, difamam, fabricam fatos e histórias; se prestam à prática de ações que implicam em situações reprováveis, violentando suas próprias consciências, se é que as têm.
Histórias são manchadas, reputações são colocadas em cheque e legados são sepultados. Uma pena! Pobre cidade! Pobre Princesa do Vale! Quem sabe umdia aflorem novas e verdadeiras histórias dignas dos maiores encômios. Mas se tal acontecer, a IBITURUNA rola…
Se for bíblico que o Cristo, em seu derradeiro momento terrestre, teria dito “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”, os algozes e mequetrefes de nossos dias sabem muito bem o que têm feito e com que objetivos. Sofisticados vendilhões do templo. Dificilmente serão perdoados.
(*) Ex-atleta
N.B.- De Julinho, representante ativo da Niteroi valadarense, vem o registro da perda, também nos últimos dias, do voluntarioso lateral SAMUEL, que defendeu, dentre outros, as cores doVila Isa Esporte Clube e figurante com destaque do esquadrão da região do outro lado da ponte. Foi encontrar-se com Tataia e Vanderlei, certamente!
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