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Quanto vale um “tanto faz”

Já se perguntou sobre o que significa a expressão “tanto faz”? Fiquei intrigada ao observar essa resposta comum, onde colocamos nas mãos de outras pessoas o poder de escolher por nós. Divaguei por minha história e lá estava o “tanto faz” – eu dizendo ou recebendo como resposta de alguém. Isso me intrigou e comecei a refletir sobre situações em que a usamos, desde as respostas mais banais até as mais complexas e decisivas.

Em determinado momento me dei conta de como o tal do “tanto faz” é cruel. Se você ficou assustado ou curioso com essa definição, acho ótimo, significa que chamei sua atenção. Somos orientados a ser educados, polidos e gentis, a ponto de deixar de lado nossas vontades e/ou desejos. Talvez a vida tenha sido difícil e aceitávamos o que chegava, ou até mesmo já fosse um ganho ou não houvesse o poder de escolha, mas em algum momento, situação ou condição nos demos conta sobre a importância das escolhas em nossas vidas.

Quando esse momento chega, tomamos consciência de que a escolha é nossa e que somos capazes de mudar e colocar a vida na rota desejada. Não podemos mudar o passado, já o futuro, este sim, podemos fazer diferente e mudar nossa história. Podemos fazer nossas próprias escolhas.

Hoje acordei disposta a te instigar sobre o tal do “tanto faz”. Te convido a pensar em que situações você o usa ou usava, por falta de opção ou medo de se posicionar e escolher. Escolher é decidir, fazer renúncias, se responsabilizar. Escolher tem a ver com posicionamento, tomar as rédeas da nossa própria vida e de seus resultados, sejam quais forem.

Ao dizer “TANTO FAZ”, fica na mão de outros o poder da escolha e a decisão de algo que diz respeito a nós. Será que deixar que alguém escolha ou decida por você faz sentido?

Escolhas e/ou decisões desde onde ir, o que comer, o que assistir, o que usar ou comprar e tantas outras que, por mais banais que pareçam, ao se tornarem um padrão, nos colocam na posição de reféns. E eu te pergunto: Quem te fez refém de quem? Você ou alguém?

Dica da Iô: Para começar a treinar a fazer valer suas próprias escolhas, observe o que gosta, como quer que as coisas sejam ou aconteçam. Sem intransigência ou força, defenda suas questões de forma polida, com argumentação congruente, e assim terá condições de se colocar e se fazer entender e respeitar.

Acredito que, através de uma educação e orientação consciente, podemos permitir que adultos e também crianças desenvolvam essas características, expressando seus sentimentos sobre desejos, argumentado e se responsabilizando pelas escolhas que fazem.

Imaginem que maravilha a vida adulta de uma criança que aprende desde cedo sobre a importância de suas escolhas! Eu sei que é possível. São ações diárias, diálogos intensos, orientação pelo respeito, tolerância e responsabilidade. Só assim teremos adultos responsáveis, centrados, conscientes, que sabem ouvir e reconhecer os direitos e deveres de si e dos outros. Imaginem a beleza em viver e conviver assim!?

Então, chega de “tanto faz”. Vamos observar nossas vontades, entender nossos desejos, fazer escolhas e conviver bem com as consequências. E se não der certo, tudo certo, a gente escolhe de novo. Que possamos exercitar fazer boas escolhas todos os dias.

Agora é com você. Vá e faça acontecer!

Iolanda Vieira Cabral – IôCabralFonoaudióloga, pós-graduada em Gestão de Negócios e Inteligência Competitiva. É Master Coach, Treinadora Comportamental e Palestrante. Atualmente é diretora na Escola Vieira Cabral e atua na área de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional com Programas de Coaching, Liderança, Palestras e Treinamentos Comportamentais através da inteligência Emocional e Comportamental Positiva. | iocabral.contato@gmail.com | Instagram @iocabral

Comments 1

  1. Valéria Freitas de Carvalho Iwanaga says:

    Bom dia, esse texto é uma oração!🙏

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