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Um raro exemplo vindo de longe

A história da humanidade é pródiga no registro de celebridades que de forma anônima, discreta e desprovida de espetáculos circenses praticam gestos de cunho humanitário e que agradam ao Deus do Universo.

No mundo dos esportes não é diferente, ainda que o percentual seja sofrível, diminuto mesmo. Mas ocorrem. No entanto é bem verdade que muitas ações têm como pano de fundo uma forma de driblar o fisco, com a prática da sonegação ou até mesmo gozando da chamada renúncia fiscal, compensação ou coisa que o valha. Há gente para tudo neste mundo.

Na Terra de Cabral há notícias e registros de alguns notáveis do mundo da bola que praticam a caridade, que são agradecidos por chegarem onde chegaram, pelo que conseguiram com seus próprios méritos e pela oportunidade de verem o sorriso ou mesmo o semblante feliz de alguém. E o fazem sob o manto do anonimato, sem estardalhaço algum.

Certamente que as dificuldades da infância, o sofrimento da família, a dura realidade de não terem tido sequer o picolé de groselha, o calçado alpargatas ou mesmo o kichute, uma boa escola pública e de terem se contentados com o terreno baldio para a prática de um negócio chamado ‘futebol’, levam uns poucos que galgaram a fama à prática da caridade.

Sadio Mané

Em um pequeno lugarejo do SENEGAL, no extremo oeste da África, veio ao mundo SADIO MANÉ, fato ocorrido nos idos de 1992. Hoje, aos 32 anos de idade, é futebolista mundialmente conhecido, famoso e elogiado, que se mandou para as Arábias, depois de desfilar eficiência e qualidades incomuns na prática do futebol, defendendo clubes consagrados como o Liverpool da Inglaterra e o Bayern de Munique da Alemanha.

Ídolo maior de seu país, figura central da seleção nacional, faz por merecer todas as honrarias pelo exemplo, dignidade e simplicidade com que faz as coisas, inclusive, um negócio chamado ou denominado futebol, repleto de ‘teimosos’ que maltratam a Maricota.

Há registros de que Sadio Mané ganhou, por suas qualidades futebolísticas, riquezas que não são poucas. Mas ainda assim seu jeito de ver a vida, de ver o mundo, de ver adversidades, não mudaram sua personalidade e a simplicidade no modo de viver.

Não adquiriu avião ou jatinho particular embora tenha condições de colecioná-los. Também não adquiriu castelo em qualquer parte do mundo. Navio, também não. Não é visto em baladas ou coisas do gênero.

Sem estardalhaço ou publicidade alguma, comprovadamente Sadio Mané tem levado um pouco de alegria, de dignidade mesmo aos moradores do lugarejo em que veio ao mundo, não fazendo questão de holofotes ou cerimoniais.

Covid-19

No período da pandemia da covid-19 fez doações financeiras consideráveis para as autoridades de seu país. Há registros de doações permanentes para os moradores do lugarejo em que nasceu. Aliás inúmeras melhorias também foram disponibilizadas pelo craque em favor de seus conterrâneos.

Mané se diz feliz, realizado ao ver a alegria estampada nos rostos de seus irmãos senegaleses. É admirado, respeitado e reconhecido pelo que tem feito, o que o motiva a continuar por mais algumas temporadas praticando o futebol das multidões lá pelas bandas das Arábias. Atua em clube que disponibiliza, ao seu lado, um tal de Cristiano Ronaldo.

No mundo, ao seu redor, certamente que existem outros Sadios Manés. No mundo dos esportes, sim também. Em grande quantidade? Lamentavelmente não. Uma pena! Ganhando tanto, às vezes maltratando a pelota feita do couro de boi (pode ser de vaca, também), poderiam minimizarem sofrimentos individuais ou messo coletivos.

A educação é tudo ou quase tudo. A educação em nosso país simplesmente é sofrível, ainda longe do alcance de todos, em que pese uma falácia governamental em todos os seus níveis (federal, estadual e municipal). Educados, perceberemos coisas, adquiriremos sentimentos.

Portanto feliz aquele que faz o outro feliz. Feliz é Sadio MANÉ. Craque dentro e fora dos gramados.


(*) Ex-atleta.


N.B.1– As arrecadações nos jogos do campeonato mineiro do ano em curso apresentam prejuízos assustadores para todos os seus participantes. Há de se buscar alternativas para o futuro. Loucuras ou quebradeiras à vista.

N.B.2 – E a base? O que é feito na base? É levada a sério? Ficar de fora de uma olimpíada perdendo a classificação para seleções sofríveis da América do Sul?

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