Dileymárcio de Carvalho (*)
Isso mesmo! E é uma decisão que deve ser tomada no início da definição da vaga, ou ao identificar que alguém está atuando fora do seu perfil psicológico. E é preciso agir, fazer mudanças e até substituições. E o que mostram as pesquisas de clima organizacional? Que o funcionário busca uma empresa que não apenas supra suas necessidades básicas, mas também que garanta seu desenvolvimento psicológico. A grande questão é que todos se calam.
Primeiro, na maioria das vezes se cala o colaborador, quando está apenas à procura de uma colocação. E se cala também a empresa, porque analisa só questões técnicas de habilidades e dificilmente se preocupa ou investe em diagnóstico psicológico profundo de perfil comportamental do colaborador.
E o que temos aqui? Um total desconhecimento das forças que constituem o perfil psicológico e de caráter do colaborar. Resultado: muita gente desempenhando papéis profissionais que nada têm de ligação com seus perfis psicológicos. Os prejuízos não só na produtividade.
As pesquisas de Adequação Psicológica que hoje são feitas em empresas e corporações brasileiras atendidas pela GALLUP AMERICANA mostram que depois de seis meses de atuação em uma ocupação nova, 92% dos profissionais que não passaram por Diagnóstico de Perfil Psicológico começam dizer que não se identificam com a função quando são perguntados sobre identificação emocional positiva em relação ao que fazem. E já nesse nível eles apresentam queda de produtividade.
De quem é a maior responsabilidade então? É fundamental que a empresa cuide e seja estratégica, de forma preventiva, em assegurar nível de excelência de engajamento de seus colaboradores. E isso passa pelas questões psicológicas, engajamento emocional e intelectual de um profissional alinhado à visão e missão da empresa (e isso não pode ser algo clichê).
A pergunta que define as primeiras buscas de soluções para esse contexto deve ser: as pessoas estão exercendo os papéis profissionais correspondentes aos seus perfis psicológicos? Se não, algo não está certo e pode ser até doentio no decorrer das experiências de dedicação profissional. Quando a empresa está preocupada com esse alinhamento, ela vai encontrar pessoas que estão plenamente “sendo elas” e em papéis que se encaixam em seus perfis psicológicos.
Quando não exerço a essência do meu perfil psicológico adequando, a qualquer momento a “crise de identidade profissional” pode começar a “gritar” no ambiente corporativo. E eu só vou entregar esse “eu profissional”, onde está a minha melhor versão, se essas condições são asseguradas pelas empresas. Como fazer na prática? Investindo em diagnósticos preventivos de identificação de perfil psicológico profissional.
(*) Dileymárcio de Carvalho
Psicólogo Clínico Comportamental- CRP: 04/49821
Email: contato@dileymarciodecarvalho@gmail.com
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