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Sem Amaral e sem o Nandão do vôlei

Luiz Alves Lopes (*)

É sabido que nossa vida terrena é marcada por nuances imprevisíveis ou imaginárias. No mundo dos humanos cada um escreve sua história; algumas gloriosas ou pitorescas, outras nem tanto, porém, todas elas marcadas pela submissão ao Criador do Universo.

A semana que se finda não marca somente a realização do Dia V – Dia do Voluntariado por parte do Projeto Pingo D’Água – mas também registrando o término da caminhada terrestre de dois de seus figurantes ilustres: Weber da Silva Amaral, o AMARAL, e Fernando Coelho de Oliveira, o NANDÃO DO VÔLEI.

A história esportiva de Governador Valadares, ou pelo menos alguns de seus fragmentos, registra a presença de figurantes ilustres, quer seja pela dedicação e presteza ou mesmo pelos exemplos marcantes que fazem ou fizeram diferenças.

Weber da Silva Amaral – Amaral -, um apaixonado do esporte das multidões. Praticante em sua juventude, integrou o quadro de servidores do Estado e pelo qual se aposentou, passando a se dedicar a uma outra grande paixão: a de fotógrafo amador.

De suas câmeras saíram registros históricos, com um destaque todo especial de parte da rica história do Coopevale Futebol Clube nas décadas de 80 e 90, quando o clube leiteiro se tornou o papão de títulos valadarenses e regional.

AMARAL, quando o assunto era Coopevale, foi muito mais do que um brilhante fotógrafo. Foi um apaixonado torcedor do Verdão da Placedina Cabral. Esteve presente nos bons e maus momentos do clube, indo ao delírio por ocasião das conquistas e transtornando-se nos momentos das adversidades. Um apaixonado como poucos pelo clube.

O acervo fotográfico de que se tem conhecimento a respeito do clube do leite, teve em AMARAL o seu mais fiel e dedicado produtor, o que fez de forma indelével, sem precedentes mesmo, um exemplo a ser seguido.

Seu falecimento ocorrido no limiar da semana que se finda deixou consternada a família coopevalense, seus familiares, amigos e admiradores, encerrando rico capítulo da história de um dos integrantes do mundo esportivo de Valadares e sua gente. Descanse em paz!

Fernando Coelho de Oliveira – o NANDÃO DO VOLEI – também partiu esta semana. Faz tempo que vinha apresentando complicações em seu estado de saúde. Recluso lá para as bandas de Era Nova (Alpercata), se mantinha informado sobre os acontecimentos do esporte valadarense, do voleibol em especial.

NANDÃO, ao lado de outros ícones como Guilherme Giesbreth, Sargento Argemiro e Ciro Antão de Moura, foi responsável direto pela autoafirmação do voleibol valadarense, em suas passagens pela Sociedade Recreativa Filadélfia, Praça de Esportes e educandários da cidade.

Esteve em inúmeras oportunidades à frente da esquadra valadarense sempre que ocorriam competições regionais e estaduais, trazendo para a terra de Serra Lima classificações e títulos aos montões. Exigente como poucos, não transigia com a seriedade, respeito e dedicação.

De forte personalidade e firme em suas convicções, se não o maior certamente figura entre os maiores treinadores de voleibol de nossa cidade e região na formação e descoberta de valores da modalidade esportiva que se tornou sua maior paixão.

O voleibol valadarense está de luto. Perdeu uma de suas maiores expressões. Em seus fragmentos, se registrados, página especial será certamente dedicada a NANDÃO DO VÔLEI, aquele que viveu intensamente o ritmo frenético da modalidade olímpica que é orgulho dos brasileiros. Obrigado, NANDÃO. Que o Céu o receba. Assim seja!


 (*) Ex-atleta.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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