por DILEYMÁRCIO DE CARVALHO (*)
Essa é uma pergunta de uma dinâmica que realizo tanto individualmente ou em grupos em processos emocionais de análise e transição de carreira. Uso uma abordagem da psicologia com métodos e ferramentas que ajudam as pessoas a entenderem como desenvolver recursos psicológicos para mudança e reposicionamento na vida profissional. Aprofundo a pergunta: “Se você tivesse que tirar uma foto de algo que representa a sua carreira qual foto seria?
Em dois momentos distintos percebo que as pessoas que estão saturadas em seus empregos, mesmo tendo uma formação profissional que as colocariam como destaque em uma carreira, não se aproximam das três imagens que o teste psicológico projeta, quando a pergunta é realizada a um profissional. O outro momento é com pessoas já em um processo de transição, a assertividade da imagem de projeção é bem maior. Pelo menos uma das três imagens é registrada quando a pessoa está motivada a buscar um novo posicionamento em sua vida profissional.
Bom, não fiquem “bravos”! Não posso divulgar aqui quais são essas três imagens, porque fazem parte de um teste que tem entre suas “baterias”, mais de cem cenários projetivos. Mas por e-mail você me responde as duas perguntas e eu te envio as imagens projetivas do teste.
Mas vamos lá, uma reposta que pode ajudar a projetar a imagem que é psicologicamente adequada à estruturação de capacidade emocional para mudança e projeção de uma nova carreira, está na capacidade de olhar para a sua vida profissional e encontrar nela um projeto que você teve autonomia para desenhar. Se isso não é feito, trabalho e emprego, podem não ter grandes diferenças para você e sua ocupação, não te traz um equilíbrio com sua forma de “ser e estar no mundo”.
O trabalho enquanto dignidade básica, como comer, beber, vestir, pagar as contas, se locomover e ter acesso a saúde, não representa uma carreira. E também não é o quanto que você “lucra” com seu trabalho que faz do mesmo uma carreira.
E aqui está o ponto de virada para a busca emocional na vida profissional. Esse alinhamento a partir da nossa estrutura psíquica é fundamental para a autonomia na construção da nossa carreira. E sem dúvida é um processo de construção. E é justamente isso que hoje a psicologia traz quando está diante de alguém que passa a questionar a sua existência por meio de uma rotina ligada unicamente ao trabalho. O que sobra muitas das vezes é desgastes, angustia e frustração.
Como na frase que ouvi de uma cliente: “ tenho 22 anos de carteira assinada. Até agora tudo que fiz foi para manter a minha dignidade e de meus filhos. Mas estou longe de dizer que mesmo ganhando bem acima da média dos empregos formais, tenho de fato uma carreira que faça parte de mim. ”
Voltando às três imagens do teste, entre os meus diversos trabalhos na clínica em orientação psicológica para a vida profissional, a partir do conhecimento de como estão as estruturas psíquicas para com a vida no trabalho, é possível desenvolver com a pessoa um processo em que ela passe a assumir emocionalmente deliberações para a sua carreira. E não importa em que fase da vida você esteja. A análise das imagens, leva logo no primeiro momento do processo terapêutico à uma autorreflexão, ligada a conversas internas que são materializadas emocionalmente com um discernimento claro de como as experiências da vida do trabalho podem interferir na projeção de mudanças. E os resultados? Além de insights reforçadores, a pessoa desenvolve recursos emocionais para investimento em sua carreira.
Sobre as três imagens, me envie um e-mail que analiso a sua resposta às duas perguntas deste artigo.
(*) DILEYMÁRCIO DE CARVALHO
Email : contato@dileymarciodecarvalho.com.br
PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL CRP-04/49821
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