Petrocity quer iniciar obras no 1º trimestre de 2020 e operação até o final de 2023

A Petrocity pretende iniciar as obras da retroárea do Complexo Portuário São Mateus no primeiro trimestre de 2020, e a operação até o final de 2023. A informação é do diretor-presidente José Roberto Barbosa da Silva, em entrevista à Rede TC, antes da sessão solene especial realizada pela Câmara de São Mateus nesta quinta-feira (19). Segundo ele, o planejamento inicial previa que o empreendimento começasse com a instalação do porto até chegar às retroáreas.

“Mas como as licenças do Iema estão demorando um pouco mais do que o previsto, vamos começar as obras pelo lado inverso, pelas unidades de apoio, as estações de tratamento de efluentes, de água, a subestação de energia elétrica, nosso deck de comunicação, as duas unidades fotovoltaicas, o prédio administrativo, e, assim que sair a licença do Iema, seguimos para a instalação e implantação do porto”, explicou José Roberto.

De acordo com ele, as providências administrativas para o início das obras já foram tomadas. “Já temos as licenças de instalação das primeiras bases de energia. Paralelamente a isso está avançando a licença do Iema. Estamos nos últimos ajustes, faltando apenas alguns estudos complementares. Inclusive, a informação que recebi dos almirantes da Marinha é que eles já estão startando os requerimentos para a construção de uma área contígua à do porto. Vão seguir um licenciamento, que me parece via Ibama. São licenças distintas, apesar de que, na primeira fase, eles vão utilizar os berços da Petrocity para atracação de grandes embarcações e, também, de lanchas de apoio, a unidade de 5 mil metros, que é a área habitacional deles, e as salas de apoio administrativo.”

Segundo José Roberto, quando entrar em operação, o porto já começa a trabalhar com carga geral e de apoio offshore. “Vamos ter contêineres, rochas ornamentais, produtos da agricultura, veículos, chamadas cargas roll-off, madeira, celulose, tudo aquilo que está disponível aqui no norte. Por incrível que pareça, as cargas que hoje são movimentadas pelo Espírito Santo, todas estão no norte do Estado”, complementou.

Esta é a primeira fase e a mais importante do projeto que também contempla a construção de um ramal ferroviário que vai ligar São Mateus a Sete Lagoas, na região central do estado de Minas Gerais. Este ramal contará com cinco entrepostos de cargas, sendo um deles em Governador Valadares. A Estada de Ferro Minas Espírito Santo (EFMES) será exclusiva para transporte de cargas, vai atender a região central do país e será importante para encurtar o trecho das principais rodovias que servem de escoamento de produção do nordeste brasileiro para o porto de São Mateus. A Unidade de Transbordo e Armazenamento de Cargas (UTAC) significa um investimento de R$ 56 milhões em Valadares. O valor total do projeto está orçado em R$ 6,5 bilhões.

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