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O importante é competir, mas…

Depois de pouco mais de duas semanas com os olhos fixos na telinha vimos chegar ao fim a Olimpíada de Paris, mais uma a encantar e provocar suspiros e arrepios, lágrimas e sofrimentos outros, também.

Atribuída ao Barão de Coubertin, a célebre frase “o importante não é vencer, mas competir” se apresenta como fora de moda, sem sentido algum e ignorada quase que por completo, eis que o esporte em geral acompanha a evolução do mundo atual.

“Winning isn’t everything”(vencer não é tudo) é coisa do passado, inaceitável nos dias atuais, ainda que a disparidade existente entre as grandes potências mundiais na atualidade concorra para que a grande massa de competidores os transforme em simples coadjuvantes, raríssimas são as exceções.

Não é proibido sonhar. Ao contrário, é bom sonhar. O valadarense se lembra do sonho  do saudoso Professor Maurício Guimarães Pará quando idealizou o CEIJUV- Centro Esportivo da Juventude Valadarense? JOLI- 2.000 – Ver um valadarense participando de uma olimpíada.  Ana Paula Pisoler chegou lá? Sebastian Cuattrin, idem?

Somos um país continental. Temos uma população muito grande, cercada de desigualdades e dificuldades para todos os gostos. Possuímos uma enorme dívida social que relutamos em conhecer, reconhecer, enfrentar e minimizar.

Muitos dos párias de nossa sociedade buscam na pratica sadia do esporte o remédio para seus males, buscam dignidade, buscam sobrevivência para eles próprios e para os seus. Uns poucos conseguem, alguns ganham o mundo, ganham holofotes e se tornam vencedores. Alcançando medalhas, se tornam celebridades.

Com representatividade em 39 modalidades esportivas nosso país teve a participação de mais de 270 atletas, alcançando e trazendo para a Terra de Cabral 20 medalhas e a vigésima classificação entre os disputantes. Dá para comemorar ou é melhor refletir?

União, Estados, Distrito Federal e Municípios se sujeitam a uma séria e responsável política esportiva de massificação em todos os níveis ou a politicagem fala mais alto?  A maioria das modalidades esportivas estão ao alcance de todos os interessados ou, como ocorre atualmente no futebol, há entraves intransponíveis.

Nossas conquistas passam pela excepcionalidade de nossos atletas, verdadeiros milagres mesmo, ressalvadas magnitudes de líderes como Bernardinho, Zé Roberto Guimarães e alguns outros que realizam proezas inconcebíveis com os grupos por eles liderados e comandados. Monstros sagrados.

Certamente que nestas olimpíadas vimos o crepúsculo da magistral rainha MARTA, deixando um legado admirável. Incabível e deplorável algumas críticas originárias de invejosos midiáticos. Uns frustrados em busca de audiência.

0 surgimento de uma outra safra no futebol feminino, grupo novo também no voleibol feminino, as notáveis do vôlei de. praia, o fenomenal e raçudo Izequias, a raçuda do Judô, as fenomenais da ginástica artística, a constatação da necessidade da reformulação no vôlei masculino e…REBECA ANDRADE, para o Brasil e para o mundo.

0 importante é competir. Competimos e participamos. Independentemente de medalhas, muitos, a maioria, realizou o sonho de participar de uma olimpíada. Também vencedores, sim, vencedores.

Aos desavisados, não crentes, petulantes, críticos, orgulhosos e arrogantes, vem aí, de imediato, mais uma Paralimpíada Olímpica, também em Paris, onde exemplos extraordinários serão vistos e apresentados para todo o mundo, mantendo-se a máxima do Barão de Coubertin do quanto importante é participar. Glória máxima.


(*) Ex-atleta


FOTO: Divulgação

N.B. – Para os integrantes do mundo esportivo valadarense, vem aí o dia 31 DE AGOSTO e com ele a realização do Dia V – DIA DO VOLUNTARIADO, com interessante evento a ser realizado nas dependências do Coopevale Futebol Clube, a partir de 16 horas. Seja solidário. Venha participar. Proporcione pequenas ações solidárias.

N.B. – Alfredo “ZEZÉ” Moreira foi um dos mais consagrados treinadores de futebol do Brasil, tendo sido o comandante da esquadra canarinha na copa de 1.954. Seus feitos maiores foram no Fluminense das Laranjeiras com inúmeros títulos e no Cabuloso na conquista de uma Copa Libertadores. No tricolor ficou famoso pelas goleadas de 1×0 que o pó de arroz aplicava em seus adversários. No momento difícil em que o clube se encontra no momento, as últimas vitórias de 1×0 fazem lembrar o consagrado treinador. Que elas continuem a ocorrer…

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