Com lavouras inundadas e estradas congestionadas por causa das chuvas, safras inteiras estão sendo perdidas
O preço do tomate, alface, rúcula, cebolinha, salsinha e beterraba já começa a assustar o consumidor. A explicação para a inflação é a inundação das plantações. No caso das hortaliças, segundo a Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), produtores têm relatado perdas que chegam a 100% da plantação, o que provoca desabastecimento no mercado e, consequentemente, a elevação de preços nos sacolões. Em Valadares, comerciantes da Ceasa já sentem os prejuízos.
Jirios Abboud é o atual presidente da Associação dos Comerciantes da Ceasa de Valadares. Ele conta que “a dificuldade para colheita e as estradas ruins contribuíram para o preço final da mercadoria. Se chove demais prejudica as plantações e com isso o produtor gasta com imunizantes para proteger as plantações. Se não chove nada também prejudica”, disse.
Abboud ressalta outros prejuízos que os comerciantes estão enfrentando. “O que está dificultando mais a vida do produtor e do comerciante na Ceasa é o alto custo para trabalhar. O imposto é muito alto no Brasil. Fora isso, tem outros gastos como a manutenção dos veículos para transportar a produção, as estradas estão cada vez mais ruins. Tem o aumento da gasolina e do óleo diesel, além da mão de obra. Isso acontece com a maioria dos comerciantes da cidade. Quando o consumidor entra no supermercado fica assustado com os preços”, contou.
Para coletar uma radiografia da situação no Estado e traçar um plano de enfrentamento, Faemg, Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) e sindicatos rurais fizeram, quinta-feira (6), uma reunião emergencial. A expectativa é que o balanço das perdas seja levantado até a próxima semana para que o setor apresente ao poder público.
