A Polícia Civil concluiu as investigações que apuraram a morte de um funcionário da Prefeitura de Ipanema, Elber Horst Kuhlmann, de 51 anos, ocorrida em março de 2017, na avenida central do município. Os executores, agenciador e mandante do crime foram identificados.
O caso
No dia 7 de março de 2017, por volta de 5h40, a vítima seguia pela avenida Sete de Setembro em sua moto, quando ao passar próximo ao Fórum da Comarca de Ipanema, levou quatro tiros de dois homens que estavam em outra moto. A vítima morreu no local.
As diligências
Logo após o homicídio, a PC realizou diversas diligências mas não foi possível identificar os autores nem a motivação do crime. Contudo no final de 2019, com a designação de um delegado de Polícia para responder exclusivamente pela Comarca de Ipanema, houve uma revisão em todos os inquéritos policiais que investigavam homicídios ainda não solucionados.
Diante disso, a PC verificou que a vítima era apontada como suspeita de um crime não comunicado à polícia, e que sua morte teria ligação com esse suposto crime cometido no passado. Então após inúmeras diligências, a PC identificou os executores, agenciadores e mandante do crime.
Nessa quarta-feira (6), a PC cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, além da apreensão de aparelhos e objetos que auxiliaram no esclarecimento de pontos da investigação.
Dinâmica do crime
De acordo com as investigações, o mandante do crime mora nos Estados Unidos (EUA), e, com apoio de familiares e de um amigo, contratou dois criminosos de Mutum para assassinar a vítima. O mandante enviou R$ 10 mil do exterior para o pagamento do crime. A polícia rastreou todo o caminho feito pelo dinheiro até chegar nas mãos dos executores. O pagamento passou por contas de pessoas estranhas, em vários estados.
No dia do crime, os criminosos saíram de Mutum e chegaram em Ipanema ainda durante a madrugada. Como a vítima saía de casa todos os dias cedo para registrar o ponto no galpão da Prefeitura, os criminosos o seguiram e o assassinaram próximo ao Fórum da Comarca.
Conclusão
De acordo com a PC, as investigações comprovaram que um dos executores tinha contato próximo com o agenciador, e este tinha vínculos com o mandante e sua família. Dois dos envolvidos no crime confessaram parcialmente, além de esclarecerem pontos importantes para a investigação.
Um dos executores do crime foi assassinado em Mutum, em 2020. O outro criminoso está preso no Presídio de Manhumirim, após cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Ipanema.
O mandante do crime está foragido nos EUA. Por ordem judicial, seu mandado de prisão foi cadastrado junto à INTERPOL, e seu nome incluído na lista de Difusão Vermelha (red notice). A Difusão Vermelha possibilita a prisão da pessoa que está no exterior e possui um mandado de prisão expedido por autoridade brasileira. (PCMG)
