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Fragmentos de fragmentos

por Luiz Alves Lopes (*)

São passados alguns anos em que, de forma despretensiosa e por solicitação e incentivo de Raimundo Santana, passamos a “rabiscar” semanalmente algumas pobres linhas sobre o esporte valadarense de um modo geral, o futebol em especial. Trabalhando a memória.

Veio a pandemia e com ela o surgimento de um pequeno grupo de pessoas, dele constando notáveis e não notáveis e que semanalmente se reúnem (parece que se reuniam, né Beltrão?), viajando no passado sem esquecer o presente, relembrando muitas coisas boas, pitorescas e hilárias. Histórias da Princesa do Vale e região.

Em determinado momento e ocasião surgiu a ideia de alguns livros retratando o esporte valadarense como um todo: a trajetória do Democrata Pantera, o surgimento e afirmação do Coopevale, a trajetória de valorosos craques que já se foram, etc, etc. Interessante, porém, não tarefa fácil.

De nossa parte sonhamos e não é proibido sonhar, aventando a hipótese de que sob o rótulo de FRAGMENTOS, alguma coisa possa surgir, retratando coisas interessantes, valiosas e exemplares vivenciadas nas últimas 6 décadas. Pode ser, Bolivar? Ajuda aí!

Invariavelmente fazemos referência a monstros sagrados do esporte valadarense que tivemos o privilégio de vê-los em ação, de aplaudi-los e de nos deliciarmos com suas atuações e com seus feitos e conquistas. Gratidão e felicidade.

Não menos verdade que em outras situações também mencionamos outros monstros com os quais tivemos o privilégio de conviver, de caminhar e de muito conquistar. Mais gratidão e felicidade. Aqui uma patota valorosa, engatinhando anda, também se deliciou. O grupo dos chamados dentes de leites. Fases da vida e nada mais.

Muito fácil falar de Waltinho Melo, o maior de todos. De Chico Duro, de Lício, de Joel, de sua excelência CARIOCA Nunes, de Cocó, de Coelho, de Bira, de Djalma, de Bitaca, de Vicente Gomes, de Tuca Magalhães, de Marcelo Melo, de Jota e de tantos outros.

Mas quando falamos de Elci, de Juci, de Alemão, de Itamar, de Pinduca, de Roberto Felipe, de Ziquita, de Juvenal, de Welington, de Timburé, de Zeca, de Washington, de João Carlos, de Bida, de Bolivar, de Neguinha, de Luiz Augusto, de Carlos Antonio, de Wanderlei e outros mais, com razão aparecem chiadeiras. Há nomes em demasia.

Por FRAGMENTOS podemos entender por pedaços, trechos, fração de um todo. Migalha, partícula, retalho de algo ou de alguma coisa. Parte do que restou. O que andamos ‘rabiscando’ são apenas pequenas frações ou partículas de algo muito grande.

Visando atender alguns reclames ou mesmo chiadeiras, por méritos inegáveis, hoje registramos novos (na idade) nomes de craques extraordinários, que fizeram diferenças, que conquistaram títulos aos montões e que fizeram a alegria de torcedores e dirigentes, mas que também provocaram a ira dos contrários. É a máxima do esporte das multidões.

Alguém se lembra do BETO Cabral, de uma elegância incomum, de fino trato e que tratava a ‘maricota’ de você? Atacante como poucos. Aí chegamos a EUGENIO COELHO, em FRANZ AMARAL, em ALEX TERRA, em RICARDO SABINO, em CARLINHOS MARILAC, em CELINHO do Cartório, em BAIAINHO, em HUDSON DUARTE, em AROLDO Lourenço, em ZADO, em MÁRIO LÚCIO e um infindável grupo de vencedores. Os reclames e chiadeiras continuarão.

A carreira futebolística de ALEX, como atleta profissional, dispensa comentários. Dentre os demais, com ciumeiras ou sem ciumeiras, EUGÊNIO e FRANZ foram craques diferenciados, excepcionais mesmos e escreveram ricas páginas na história e na trajetória do futebol valadarense.

Felizes aqueles que estiveram ao lado de ambos ou mesmo aqueles que os viram no palco do futebol. A frente da telinha da TV, vendo os brucutus de hoje transvestidos de atletas de futebol profissional, bate uma saudade danada. Quem viu, viu…


(*) Ex-atleta

N.B.1 – Repugnante o entrevero entre o atleta Pedro e um integrante da comissão técnica do Clube Regatas do Flamengo. É uma história onde não há inocentes. Cada qual, a seu modo, concorre para o empobrecimento do futebol brasileiro.

N.B.2 – O insucesso de nossa esquadra feminina no Mundial não pode culminar com atos de extremismos de nossos dirigentes e a mídia raivosa. Há de se respeitar o trabalho realizado e que, havendo continuidade, trará bons frutos no futuro.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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