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“DE VOLTA PRA CASA!”

por Paula Greco

Quem me conhece sabe, e para quem não me conhece, eu vou contar: por nascimento – e muito amor – eu sou filha do “Seu” Juca e da Dona Mércia. Mas, pelas letras, pelas palavras, essas que são meu inferno e minha paz, eu sou filha do Diário do Rio Doce, do nosso DRD.

Não importa que eu tenha trabalhado em outros espaços de jornalismo ou de assessoria de imprensa antes. O DRD sempre será a minha escola, minha casa, minha maior e inigualável referência profissional. Não importa que as páginas em preto e branco cheirando a tinta tenham se colorido, se transformado até virarem cliques em telas virtuais como esta em que você me lê agora. O DRD sempre estará na minha memória com suas laudas, suas máquinas datilográficas que eu vi serem substituídas por computadores, pelas “bonecas” de papel e pelo barulho da “rotativa” em movimento. Essa é a minha história com esse espaço de notícias, informação e opinião.

Minha também a história que eu tenho com Governador Valadares, esta calorenta e jovem princesa reinventada que hoje completa 83 anos de emancipação política, e onde eu não tive a sorte de nascer, mas à qual eu tenho o privilégio e a honra de pertencer. Se o DRD é a minha casa, Valadares é o meu lugar no mundo! O Rio Doce é o meu quintal, o trem da Vale é que apita nas minhas veias, a Ibituruna é a montanha que brilha nos meus olhos e a minha amada Lira 30 de Janeiro é a banda que toca em meus ouvidos!*

Inclusive, uma pausa nas declarações de amor para dizer: hoje (sábado, 30) se você me lê antes das 10h, corre para as redes sociais da Prefeitura de Valadares, que a Lira vai fazer uma live maravilhosa em homenagem ao aniversário da cidade. Vale a pena demais!

Dito isso, há também que se dizer que essa história – entre eu e “minha cidade” – não é nenhum conto de fadas, nenhum romance açucarado. Para além disso, é uma realidade regada a suor e lágrimas, mas também muito riso, e muitas muitas muitas palavras. Tantas que eu não seria capaz de contar. Algumas jogadas ao vento, outras que nem foram ditas, mas invariavelmente todas plantadas (florescidas ou não) no chão quente de Valadares.

E hoje, quando todas as homenagens são para “Ela”, me sinto eu a presenteada. Enquanto finalizo minha escrita ansiosa para enviá-la por email para esse DRD “internético”, eu só consigo sentir a mesma euforia infantil de quando voltando de férias de algum lugar, eu avistava, de repente, as formas tão inconfundíveis da Ibituruna. Hoje, ao assinar meu “novo primeiro artigo”, eu me sinto assim: de volta pra casa!

Com todo meu amor,

Paula Greco

* uma referência aos versos “Todo mineiro tem um trem de ferro apitando nas veias, uma montanha brilhando nos olhos e uma banda tocando nos ouvidos”, de Jorge Fernando dos Santos.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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