No país do desperdício e de tantas falcatruas, onde impera a Lei de Gerson com objetivos claros de se levar vantagem em tudo, duas situações incontestes fazem parte de nosso cotidiano: carcaças de veículos danificados expostos em logradouros públicos e obras inacabadas Brasil afora, sob olhares dos contribuintes, não importando se pessoas física ou jurídica.
Estruturas gerenciais, administrativas, fiscalizadoras, responsabilizadoras e punitivas existem, porém, no país do jeitinho e da postergação, tudo se arruma e se acomoda, caindo na máxima de “deixa a vida me levar…” Brasil….Vida que segue.
É perigoso “dar” ensino e conhecimento ao nosso povo pois este pode começar a pensar, raciocinar, questionar e entender o que se passa a nosso redor e um pouco mais adiante. Nosso país é rico, porém cercado de pobreza e mazelas por todos os lados. A chamada “coisa pública…”
A bola da vez atende pelo nome de REI DO LIXO. Verdadeiro homem bomba que, preso provisoriamente, passou a tirar o sono de poderosos do mundo político. Como não faz parte do grupo de “desdentados” do sistema prisional, foi logo liberado pelo andar de cima. Simples…
Vencida a simplória introdução acima, afeta aos homens públicos, detentores de cargos e posições importantes, fixemo-nos no andar de baixo, em questões menores, porém não menos importantes quando se fala e se trata de coisa e questões alheias. Certo Bolivar?
PERSEVERAR. Ser perseverante, eis a questão ou palavra chave para solução de alguns conflitos, atingir determinados objetivos ou mesmo realizar sonhos, não importando se grandes ou pequenos. A dimensão pode ser apenas um mero detalhe…
MENDES BARROS – O Barrão 70, sonhou, encasquetou mesmo em dar ao mundo futebolista varzeano e amador de Governador Valadares um estádio próprio para a prática do esporte Rei. Não foi fácil. Com denodo, sacrifícios e perseverança, aí está o CAMPO DA LIGA, o Estádio Mendes Barros. Uma de nossas maiores riquezas.
Serafim Roque LEITEIRO e Anísio Costa e o fiel grupo de seus seguidores sonharam em ver o “Time do Leite” fazendo uso de sua própria praça esportiva. Ganharam do Município e Câmara Municipal no cansaço e pelo prestígio quer tinham junto à COOPERATIVA de Sila Dias Costa – o PAI – e sua equipe, aí está o COOPE usufruindo de uma bela praça esportiva.
A família TRAPO – leia-se Josino, familiares e amigos, lutou por décadas para que o INTERNACIONAL realizasse o sonho de ter seu campo de jogo próprio. Não foi fácil. Foram valentes e perseverantes como poucos. Vencedores…
O professor MAURÍCIO Guimarães PARÁ sonhou alto, por muitos anos, para ver a massificação esportiva da juventude valadarense. O CEIJUV se tornou uma realidade, embora hoje inativo ou desativado. Mas o que ocorre hoje na Praça de Esportes da Afonso Pena sintetiza o sonho do idealizador em questão.
QUIEL, recentemente recolhido pelo Criador do Universo, foi incansável na valorização do futebol varzeano de nossa cidade, diligenciando e conseguindo junto ao Município a cessão de terreno em que funcionou até bem pouco a chamada Praça Esportiva do Quiel. Certamente que a administração municipal saberá dar ao logradouro uma destinação digna, proporcionando condições para que as atividades esportivas continuem no local.
Perseverar e superar são desafios a serem enfrentados em todos os setores da vida terrena. Ao contrário do que possa parecer, em situações que não são poucas, são atingidas pelo desânimo, pela empolgação momentânea, pela frieza, pela indiferença, pela vaidade, pela falta de firmeza e mesmo falta de comprometimento.
Assim como carcaças de veículos expostos inadequadamente em logradouros públicos e a infinidade de obras púbicas inacabadas, há de se notar, perceber ou mesmo identificar inúmeras situações da espécie a nosso redor, causando prejuízos, dissabores e mesmo desânimos.
(*) Ex-atleta
N.B. 1– Em estudos avançados a possibilidade de se realizar na cidade, no campo do COOPEVALE, no dia 30 de janeiro – aniversário da cidade, partida de futebol envolvendo grandes craques do passado de Minas, frente a uma seleção valadarense.
N.B. 2- Como admitir e recepcionar a ideia do Corinthians em contratar um futebolista francês, já de idade avançada, com remuneração mensal superior a R$ 4.000.000,00? Verdadeiro ‘tapa na cara’ do cidadão brasileiro.
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