Buracos causam transtornos no trânsito de Valadares

FOTO: Juninho Nogueira

Transitar pelas ruas e avenidas de Governador Valadares está cada vez mais difícil. A chegada do período chuvoso só piorou a situação, principalmente nos bairros mais afastados do Centro. O problema se estende desde os bairros mais nobres até a periferia. Segundo os motoristas, não há manutenção por parte do poder público e as chuvas ajudam a formar valetas que comprometem a suspensão, amortecedores e pneus dos carros e motocicletas. A equipe de reportagem do DIÁRIO DO RIO DOCE visitou alguns bairros de Valadares que sofrem com a falta de reparos.

Nesta época do ano, com chuvas constantes, o número de buracos nas ruas e rodovias aumenta consideravelmente. Na rua Uberaba, no bairro Jardim Pérola, por exemplo, um buraco tomou conta de quase toda a rua. “Não é possível passar nessa rua sem passar nesse buraco. Todo mundo reclama faz tempo e ninguém faz nada”, comentou a moradora Maria Danuzia.

Buraco na rua Uberaba, no bairro Jardim Pérola – Foto: Eduardo Lima

Em uma rotatória na avenida Moacir Paleta que liga à rua 25, no bairro Santos Dumont I, o buraco foi tomado pela água. Os motoristas até tentam desviar, mas acabam passando pelo buraco. Veja nas imagens:

Buraco próximo a avenida Moacir Paleta se transformou em piscina – Foto: Juninho Nogueira

Nos bairros Sir, Santos Dumont 2,  São Pedro, Vila Rica e Vila Bretas os buracos também têm sido motivo de reclamação dos motoristas. No centro de Valadares eles também causam problemas.

Buraco na rua Amazonas, no bairro Vila Bretas – Foto: Arquivo Pessoal

Outro trecho que já se tornou um pesadelo para os motoristas se encontra na rua Sinval Leite, em direção ao bairro Jardim Pérola, ligando a um atalho para a BR-116. A quantidade de caminhões que saem de uma empresa de combustíveis prejudica o tráfego na via. Nos dias de chuva a situação é ainda pior, pois o alagamento esconde as deficiências da via. Assista ao vídeo.

Buracos atrapalham o trânsito na rua Sinval Leite, em direção ao bairro Jardim Pérola

Câmara Municipal pede que Prefeitura aplique saldo do Duodécimo Constitucional em operação “Tapa Buracos”

Em dezembro de 2021 a Câmara Municipal de Valadares devolveu R$ 1.354.639,08 aos cofres do Poder Executivo Municipal. A quantia é referente à devolução do saldo restante do Duodécimo Constitucional referente ao exercício financeiro de 2021. Para o presidente da Câmara, o vereador Regino Cruz (Podemos), a quantia poderia ser aplicada em obras de recapeamento de vias. “Toda essa economia foi possível graças à austeridade com que gerimos o Poder Legislativo. O que pedi ao Prefeito André Merlo é que aplique esse dinheiro em obras, e principalmente na Operação Tapa Buraco. O nosso pedido tem o aval de todos os 21 vereadores”, afirma.

O vereador Juarez Gomes (PSL) criticou a qualidade da pavimentação na cidade. “A minha observação sobre o aumento dos buracos em Valadares vem ocorrendo com mais frequência com a péssima qualidade da pavimentação nos últimos 20 anos, além da falta de redes pluviais ou redes que não comportam o volume das águas da chuva, e a falta de manutenção nos bueiros, ocasionando alagamentos, danificando a pavimentação. Tenho cobrado com veemência a qualidade do material dos tapa-buracos. São os mesmos buracos que se abrem e fecham no período chuvoso até três ou mais vezes em um ano, com um alto custo para o Município, além do transtorno para a nossa população. É lamentável”, manifestou o parlamentar.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Valadares informou, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos (SMOSU), que durante o período chuvoso não é possível realizar manutenção nas vias. “O maior vilão quando se trata de pavimentação é a água. Além de ser o motivo mais frequente para o surgimento de buracos, durante o período de precipitações não é possível realizar nenhuma manutenção, visto que os materiais de base e asfalto não podem molhar”, informou.

A Prefeitura afirmou que, para este ano, a SMOSU está com um projeto de ampliar o serviço de recuperação de vias.

“A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos (SMOSU), informa que diariamente equipes trabalham na recuperação de vias e que o serviço de tapa-buraco, independente se o buraco é no calçamento de pedra (unistein) ou asfalto; consiste em retirar todo o solo que estiver molhado ou sujo, compactar o fundo e colocar um novo material de base que esteja na umidade correta.

A nova base deve ser compactada com equipamentos adequados e por fim executado o revestimento. Se for usada a pedra, a mesma deve ser assentada sobre camada de 5cm de areia e os espaços entre as peças de concreto rejuntada com areia. Caso seja usado o asfalto, deve ser usada uma emulsão asfáltica sobre a base finalizada para depois ser colocada a camada de asfalto, que deve ter 5 cm de espessura.

Para este ano a SMOSU está com um projeto de ampliar o serviço de recuperação de vias. Ressaltamos que a cidade tem um problema estrutural, pavimentação antiga”, diz a nota.

SECOM/PMGV

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