Aumento da propagação do coronavírus preocupa valadarenses

por Thiago Ferreira Coelho e Agnaldo Souza

Durante o mês de maio, o número de casos de coronavírus (Covid-19) em Governador Valadares subiu de 28 para 193 pacientes contaminados, um aumento de 689%. E até o final da tarde desta quinta-feira (4), esse número já havia crescido para 247 casos positivos, 15 a mais que os 232 registrados no dia anterior.

Já são 16 pacientes que morreram após serem infectados pela Covid-19, com outros cinco óbitos ainda em investigação. Nesta quinta-feira, o município possuía 14 pacientes de coronavírus em leitos de UTI (11 casos positivos e três ainda suspeitos), além de cinco internados em ala hospitalar (dois positivos e três suspeitos).

O aumento da propagação do vírus está preocupando valadarenses ouvidos pelo Diário do Rio Doce.

“Houve decretos e avisos, mas não foram levados totalmente a sério”

“Eu não esperava que houvesse esse crescimento de confirmações em tão pouco tempo; então, o medo de que essa situação possa se alarmar ainda mais é preocupante. Com o aviso sobre o isolamento, era de se pensar que a Prefeitura entraria em estado de alerta e auxiliaria todos da cidade, fechando estabelecimentos, deixando abertos somente os realmente necessários. Houve decretos e avisos, mas não foram levados totalmente a sério. Vi bares e restaurantes abertos, lojas de roupas e eletrodomésticos. É óbvio que o fechamento prejudicaria os pequenos comércios, mas o dinheiro pode ser reposto com o passar da quarentena, uma vida perdida pelo vírus não”, é o que diz Guilherme Henrique Moreira da Costa, estudante, de 23 anos, morador do bairro Jardim Pérola.


“Valadares, além de atender seus moradores, atende também outras cidades”

“O aumento acelerado desses números me preocupa, pois, infelizmente, Governador Valadares, além de atender seus moradores, atende também outras cidades. Neste momento estou me prevenindo, com atitudes como distanciamento social moderado, uso de máscara e a higienização mais rigorosa. A Prefeitura poderia, se ainda não o faz, trocar informações com médicos que estão em locais onde eram centros de epidemia, e hoje esse quadro já está controlado, principalmente o tratamento nos primeiros dias”, afirma Leonardo Henrique de Souza e Silva, estudante, 28 anos, morador do bairro Nova Vila Bretas.


“A população não está se comportando exatamente como deveria”

“Esse crescimento é preocupante, quer dizer que a população não está se comportando exatamente como deveria, colocando em risco outras pessoas; então, isso tende a aumentar. Como estou trabalhando em casa, fico realmente só em casa, saindo apenas por extrema necessidade, fazendo uso adequado da máscara, mantendo a higiene das mãos e possível distanciamento das pessoas. Acredito que deveriam ser tomadas medidas mais rígidas quanto ao funcionamento do comércio. Claro, com medidas também de apoio aos comerciantes, para diminuir os impactos financeiros. Enquanto o comércio continuar funcionando, as pessoas vão continuar saindo de casa”, disse a professora Nádia Naiara de Souza Ramos, de 31 anos, moradora do bairro Cidade Jardim.


“Medidas mais rígidas de prevenção em relação ao comércio”

“Os números são preocupantes. As pessoas não estão se prevenindo de maneira adequada, ignorando muitas vezes os cuidados necessários. Eu sempre faço a higienização das mãos, uso álcool gel e, quando há necessidade de sair de casa, uso máscara e evito aglomeração. Acho que, para minimizar a situação, talvez seria necessário medidas mais rígidas de prevenção em relação ao comércio. A flexibilização desse segmento acabou gerando um grande número de pessoas na rua, que muitas vezes não seguem os cuidados, podendo aumentar o contágio”, avaliou a professora Alessandra Maria de Almeida Henriques, de 36 anos, moradora do bairro Vila do Sol.

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