Dizem uns poucos, pouquíssimos mesmo, que um tal de Édson Arantes do Nascimento teria sido não só o atleta do século, mas simplesmente de todos os tempos. E ele não foi contemplado com a Bola de Ouro da famigerada revista francesa France Football. Ainda bem…
O Doutor Sócrates, Zico, Falcão, Telê Santana, Toninho Cerezo, Júnior, Leandro, Luizinho, Oscar, Nelinho, Éder Aleixo, Roberto Dinamite e um mundão de gente da melhor qualidade no trato da “Maricota” não foram campeões do mundo com a seleção canarinha. Azar e problema da COPA DO MUNDO, de dona FIFA e de outros mais.
Em 12 de julho de 2.000, na cidade de São Gonçalo – RJ, veio ao mundo Vinicius José de Oliveira Júnior, constando em sua certidão de nascimento ser da cor NEGRA. Trata-se do hoje conhecido mundialmente como VINICIUS JÚNIOR, futebolista que integra a seleção brasileira
.Aos 10 anos de idade Vinicius Júnior aporta no Clube de Regatas do Flamengo, iniciando uma rica e vitoriosa carreira de atleta de futebol, passando inclusive pelas diversas categorias de base da seleção de seu pais.
Destacou-se na Copa São Paulo de Futebol Junior de 2.0127, incorporado a seguir na equipe de profissionais do MENGO onde continuou a se destacar, culminando com um senhor desembarque em MADRI, na Espanha em 2.018, adquirido que foi pelo todo poderoso Real Madri.
A seguir, mais precisamente nos últimos 4 anos, o que foi visto e o que tem sido visto mundo afora é a consagração de mais um NEGRO na arte da prática do esporte das multidões, encantando torcedores e concorrendo para conquistas extraordinárias de títulos.
Vinicius Júnior conta apenas 23 anos de idade. Tem se comportado como se veterano fosse. Risonho e de personalidade forte, teve a iniciativa, audácia e coragem de reagir às ofensas racistas que ocorrem mundo afora e de que tem sido uma vítima predileta de pessoas transvestidas de torcedores de futebol.
Seu jeito moleque e travesso sempre demonstrado por ocasião das comemorações de seus gols o tornaram vítima da indiferença e antipatia de grande parte de atletas adversários, de torcedores rivais e de percentual altíssimo de jornalistas de várias partes do planeta. Tornou-se um ser humano amado e odiado.
Todos os anos a revista francesa France Football promove concorrido evento premiando o mundo da bola em que são homenageados atletas, dirigentes, clubes e treinadores e cuja lista inicial passa pelas mãos de 100 jornalistas do todo mundo.
Por tudo que fez ou que teria feito dentro de campo na temporada 2.003/2.004 defendendo o seu Real Madri, a escolha de Vinicius Júnior como o dono da BOLA DE OURO nas festividades de 28 de outubro que se findou era tida como certa, inquestionável mesmo.
Ledo engano. No mundo dos homens, no mundo dos mortais, há espaço para tudo, inclusive para patifaria, covardia, desrespeito, interesses escusos e tudo que possa ser se mais sórdido, desumano e repugnante.
NÃO. Um negro que defende determinadas causas, que se posiciona determinantemente contra o racismo, que cobra medidas coercitivas dos detentores do poder, que não se curva diante das adversidades, não poderia receber o GALHARDÃO de vencedor.
Tomaram a bola de ouro de Vinicius Júnior. Azar dos autores que não são e não foram poucos. Certamente que o NEGRO que incomodou e certamente continuará A INCOMODAR muita gente grande, granfina e importante, fará do limão uma limonada e continuará a sorrir, certo de que tem uma nobre e difícil missão neste mundo desigual. Força VINI, você é vencedor.
(*) Ex-atleta
N.B. 1– E os nossos árbitros e suas falcatruas. São ruins mesmo ou são orientados? E o pessoal do VAR? Para que servem? Há intervenção de conveniência? O que é obrigação e o que é facultativo?
N.B. -2 – Será que alguém lá da Ilha de Paquetá teria apostado em uma expulsão logo ao rolar da bola? Diligencie aí Bolivar… coisa esquisita.
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