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Wéliton ‘Kolinos’ Souza Prates

FOTO: Divulgação

Não, Paulo Machado de Tarso, nordestino valadarense ou valadarense nordestino, ainda não havia aportado na Princesa do Vale quando por aqui figuras extraordinárias escreviam e escreveram ricas páginas de nossa história esportiva, do futebol em especial.

O ícone Sebastião ‘Carioca’ Nunes propalava aos quatro cantos, antes de nos deixar, que Valadares passou a ser a cidade do “já teve”, não sendo contestado pelos críticos, o que permite a constatação de que verdadeiras eram suas palavras e afirmações.

Tarde da última sexta- feira, dia 20 de setembro vigente: após ter seu corpo velado durante todo o dia na Capela de Santo Antônio, desceu à mansão dos mortos o valadarense Wéliton Souza Prates, falecido em Juiz de Fora onde residia e para aqui trazido por manifestação de vontade.

Para os menos avisados, quando se fala em Wéliton Souza Prates, pouca atenção ou mesmo reflexão e comentários ocorrem, acreditando tratar-se de pessoa desconhecida, mais um em um universo de quase 300 mil habitantes.

A coisa muda consideravelmente quando, em complementação à notícia, há o esclarecimento de que se trata de KOLINOS, figura conhecidíssima, de fortes raízes na cidade e região, com marcante história educacional e esportiva no Colégio Ibituruna, afora presenças extraordinárias  no Esporte Clube Democrata e Coopevale Futebol Clube.

Sim, Paulo Machado de Tarso, não temos o museu da fama, não temos o calçadão da fama, não temos registro algum. Nossa rica história não foi e não está sendo contada ou mesmo registrada, verdadeira lástima. Fazer o que? O que fazer?

Nos idos e bons tempos do futebol dente de leite na outrora Princesa do Vale em que dirigentes como Dolfino ‘1Italiano’Chisté, Hormando Leocádio, Daniel Mathias e alguns outros, organizavam e promoviam eletrizantes competições envolvendo a petizada, sobressaiam e sobressairam comandantes audazes e capacitados como Natalino Monteiro, Vilson e KOLINOS, responsáveis maiores pelas descobertas de grandes valores de nosso futebol.

No ano de 1.975 em especial, o Democrata Pantera, pela vez primeira, disputou os certames mineiros  Juvenil (hoje juniores) e Infanto Juvenil( hoje Juvenil), ambas as esquadras treinadas, preparadas e montadas por Wéliton KOLINOS.

A ele coube lançar e conduzir Márcio Chisté, Fausto Rosa, Quincas, Rogério Brasil, Santiago, Ricardo Sabino, Toninho, Claudinho, Batatinha, Valério Melo, Zado, Franz, Bida, Wagner Bob, João Bosco, Adonis, Hoberg, Wildmarck, Baianinho, Niltinho, Coimbra, Daniel, Arnaldinho, Alexandre, Wilian, Mateus, Beto Cabral, Manfrini, Romar e um mundão de gente boa.

Na histórica debandada para o Coopevale, embarcou de mala e cuia para o clube leiteiro e nele também deu importante contribuição não só como atleta, mas também como comandante técnico de sabedoria ímpar.

Mandando-se para a zona da mata das Minas Gerais, formou-se em técnico de laticínio e peregrinou, profissionalmente, por inúmeras cidades do nosso Estado. Acabou por fixar residência na Manchester Mineira, onde veio a falecer.

KOLINOS nos deixou. Partiu ao encontro do Criador do Universo. Dúvida não há de que “combateu o bom combate, praticou a caridade, foi e se tornou exemplo positivo a ser seguido por todos aqueles que o conheceram, com ele conviveram e com ele trabalharam.

Há homens que não morrem, apenas se calam; apenas se despedem. Viajam apenas porque serão sempre lembrados e encontrados nas coisas mais sublimes, estarão sempre presentes e vivos todas as vezes que alguém falar de amor, de humanidade, de compreensão, de fraternidade, de abnegação, de paz e liberdade. Todo isso nos fará lembrar sempre de um mesmo nome: Wéliton ‘Kolinos’ Souza Prates.


(*) Ex-atleta

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