Receba meus irmãos e irmãs, de coração aberto, todo bem e toda graça vindos do Pai.
O acolhimento do caminho, verdade e vida é por nós, frágeis humanos, um desafio constante principalmente quando nos reconhecemos limitados pra aceitar os mistérios da vida e sobretudo os mistérios da fé.
Não raras vezes travamos batalhas intensas entre o que vivemos concretamente e o que nos é prometido como caminho justo, que restaura e salva. Ou seja, ousamos muitas vezes argumentar com Deus, sobre seus desígnios, pois somos incapazes de compreender e/ou aceitar Seu tempo e Sua vontade.
Queremos sempre respostas imediatas e providências com base na nossa vontade. Aí é quando “caímos do cavalo”. Nós precisamos de Deus, e não Ele de nós. Por isso mesmo, muitas palavras de Jesus, no evangelho, são vistas como duras, pois muito mais do que exigirmos de Deus, se nossas rédeas forem afrouxadas, tomaríamos o lugar dEle. Mas Jesus, sabendo de nossa fé arrogante, é incisivo por exemplo, em João 6, 65-67 com seus próprios discípulos: (Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?”).
Deus não implora para que O sigamos. Ele ensina, orienta e chama. Cabe a nós acolher a Sua verdade, o Seu amor e ternura.
Já ouviram aquele trechinho de música: “Palavra de salvação, somente o céu tem pra dar…”?
Então, cabe-nos buscar esta Palavra e praticá-la. Não se desvenda os mistérios da fé. Vive-os.
Contemplar cada dádiva, cada graça, mas também cada desafio, é confiar nos propósitos do Pai em nosso dia a dia. Vamos certamente passar por chateações, sofrimentos, derramar lágrimas e mais lágrimas. No final o que restará vai ser a nossa intimidade com Deus, por tantas vezes que recorremos a Ele em todos os momentos – de alegria e de tristeza.
E como é reconfortante sentir a presença de Deus, até mesmo quando as dores nos consomem!. Afinal, o próprio Cristo nos ensina: “O espírito é que dá vida. A carne não adianta nada”.
Ou seja, mantenhamos limpo o nosso espírito na intimidade com Deus.
Enfim, meus caros, eu sei que não é fácil, mas “não se desesperem os seus corações” quando as agonias baterem à sua porta.
Somente dai graças em tudo ao Senhor, porque eterna é a Sua misericórdia.
Um domingo cheio de bênçãos é o que desejo pra você e por todos aqueles pelos quais você ora.
(*) tiaoevilasio1@gmail.com
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