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A narrativa do Olegário

0 progresso e a modernidade dos dias atuais e a parafernália midiática permitem acessos a informações, depoimentos, narrativas e tudo mais que se possa imaginar, consequentemente tornando quase impossível que algo escape aos olhares de todos. Se assim fosse nos antigamente, certamente estaríamos perdidos, certo Bolivar?

Vai, daí que, de forma despretensiosa, com voz mansa e pausada, um tal de senhor Olegário chama a atenção de curiosos e interessados para coisas boas do futebol ocorridas no passado, com narrativa de encher os olhos. Certamente que o documentário ou coisa que o valha, fora gravado em tempos passados.

Em sua narrativa registrou que fora atleta de futebol profissional da Ferroviária de Araraquara por algumas temporadas, épocas em que o Paulistão era muito importante e quando reinou um tal de Édson Arantes do Nascimento e alguns outros coadjuvantes.

Após algumas temporadas no clube de Araraquara, despertou o interesse de um clube de italianos da capital paulista, mais conhecido como Sociedade Esportiva Palmeiras, o antigo Palestra Itália. Passe regiamente adquirido, conforme legislação da época.

Segundo a narrativa, no Palestra o plantel era de alto nível e somente três meses após  sua chegada ao clube alcançou a titularidade, em função de séria contusão de Zequinha, até então absoluto na posição.

Em temporadas que não foram poucas defendendo o VERDÃO, segundo ele a pressão que ocorre nos dias atuais, vindas da mídia e da torcida, eram em percentual mínimo e de forma educada e compreensiva, sendo a prática do futebol das multidões um misto de alegria e paixão. Dava prazer a prática da modalidade em comento.

Rica, responsável e respeitosa foi a narrativa sobre os treinadores com quem trabalhou no clube paulista, enaltecendo, dentre outras, as condutas de Silvio Pirilo, 0ndino Vieira, Filpo Nunes, o milongueiro, senhor Osvaldo Brandão e Dino Sani, este último a quem substituiu ao encerrar sua carreira de atleta de futebol profissional.

Com humildade peculiar, dissertou sobre as chamadas “academias de futebol” que foram e continuam sendo o orgulho maior dos palmeirenses, períodos distintos, porém espetaculares e nos quais desfilaram exponentes maiores de nosso futebol. Tempos em que verdadeiramente tínhamos o melhor futebol do mundo.

Da narrativa constaram nomes de craques em profusão, mas o toque de requinte, de respiro, de nostalgia mesmo foi quando se declinou o nome de ADEMIR DA GUIA, o filho de Domingos da Guia. A voz do narrador ficou embargada. Houve uma razoável pausa…, água nos olhos e um sorriso de satisfação.

Final da partida entre Brasil e Paraguai pela Copa América. Durante a entrevista tradicional o técnico da seleção canarinha tem uma crise de choro: é que chegara aos E.U.A. a notícia do falecimento de DUDÚ, aos 84anos, ex-craque (verdadeiro, não o atual) da Academia Palmeirense e que ao lado de Ademir da Guia formou uma das maiores, senão a maior dupla de meio campo de toda a história do clube. Era, foi ele, neste mundão de Deus, tio do atual técnico da seleção brasileira.

As décadas de 60 e 70 jamais serão esquecidas pelos palmeirenses com a história registrando as passagens de personagens ilustres como Waldir de Morais, Djalma Santos, Djalma Dias, Waldemar Carabina, Servílio, Julinho, Zequinha, Ademir da Guia, Leão, Luiz Pereira, Alfredo, César, Dudú…..etc…etc…etc…

0legário Tolói de Oliveira, autor da narrativa levada ao ar em canais televisivos é o nome do consagrado DUDÚ, médio volante que se imortalizou com a camisa do Verdão do Parque Antártica, respeitado e admirado por todos e exemplo a ser seguido por um bando de ‘mequetrefes’ dos dias atuais e que se intitulam jogadores de futebol.

Se é verdade que os tempos são outros, ética, dignidade, respeito, comprometimento e outros qualitativos mais ainda figuram no “pai dos burros”, podendo e devendo serem respeitados e exercitados por todos os atores do mundo esportivo. Valeu DUDÚ. Missão cumprida. Justificado o choro do Dorival.


(*) Ex-atleta

FOTOS: Divulgação

N.B. – Quem assiste ou assistiu , ainda que na telinha, jogos da EURO e assemelhados, perde a vontade de assistir nossos jogos. Além do futebol praticado, da lisura, campos de jogos, comportamentos dos atletas, até o VAR vai bem…

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