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O repórter Moacir Lino Marques

Ainda que se diga tratar-se de masoquismo exagerado, liberdade de pensamentos, entendimentos e posicionamentos contrários fazem um bem danado, daí que nos atrevemos a voltar ao passado razoavelmente distante, abordando e registrando as atividades profissionais de um figurante ilustre.

Alcançamos e vivenciamos os tempos de ouro das emissoras de rádio EDUCADORA, Ibituruna e RPUMM, esta última a emissora católica, todas elas dotadas de profissionais de altíssimo nível e comprometimento incomum com a terra de Serra Lima.

Há de se registrar que a maioria dos profissionais eram ou se tornaram polivalentes, dependendo do momento, oportunidade e efemérides. Repórter, locutor, narrador e animador eram funções desenvolvidas e que se faziam presentes na figura de nossos personagens.

Na Educadora que teve o descomunal, irrequieto e atrevido Osman Monteiro, seguido de Eder de Oliveira Passos – o Helinho, não menos atrevido, ambos retirados da radiofonia valadarense mediante crueldade que chocou todo o país, militou o controvertido, popular e competente Moacir Lino Marques, ainda vivo entre nós.

Substituto do professor Clarisdon Félix, também radialista, à frente do programa Repórter Policial, que ia ao ar na parte da tarde, Moacir Marques fazia de tudo, dava notícia de tudo, dava plantão na delegacia regional, no Fórum local, nas dependências de praças esportivas, clubes sociais e….(não pode ser dito).

Carismático, simples, amigo dos amigos, amante do futebol, oportunizava a todos indistintamente, espaço e tempo ao microfone que empunhava para lamúrias, reclamações, informações e tudo mais que se traduzia em forma de notícia.

Seus últimos anos de jornada empunhando o microfone ou mesmo um surrado gravador foi na emissora do BETO – A RÁDIO CULTURA, que tomou rumo não republicano. Nela, também, sua disponibilidade se fazia presente, oportunizando espaço a todos, indistintamente.

Por algumas décadas convivemos com Moacir Marques, tanto pelas bandas do Mamudão, da Placedina Cabral, da Praça de Esportes, da Associação Santa Luzia e também na APAC. Morador do bairro Santa Rita, sempre divulgou e marcou presença nos eventos desta última. Só não conseguiu levar o Imperador…questão de tempo e oportunidade.

Moacir Marques, afora suas atribuições e atividades profissionais, demonstrou ser DEMOCRATENSE roxo, apaixonado e inveterado pela Pantera da Osvaldo Cruz. De viajar de Kombi distâncias monstruosas para cobrir as exibições do clube de seu coração.

Diferenciado como poucos, também foi ferrenho frequentador de rinhas de galos, quem sabe fazendo uma fezinha além de torcer. Entusiasmo acima da média e que fez dele um bom companheiro para todos as horas e momentos.

“O Cara” foi da época de Alírio Dutra, de José Luiz Barbosa, de Tião Nunes, de Beto Teixeira, de Odilon Lagares, de Ailton Dias, de Zé de Nô, de Ademir Cunha e de tantos outros monstros sagrados da radiofonia valadarense. Fez e faz parte de uma bela e rica história.

Lúcido e bem humorado, conhecedor como poucos de histórias hilariantes do mundo policial de nossa comarca dos bons tempos(?) de Antônio Augusto, de Lincoln e Wenceslau, afora outros menos votados, Moacir Marques é gente que é gente. Certo Lubumba?

É comum a expressão: ”não se fazem…como antigamente”. Para quem ama e milita no esporte valadarense, não importando modalidade, a máxima se aplica. Saudades danada do velho ‘Moaça”, de seu chapéu de homem da roça, de sua presença e conduta.


(*) Ex-atleta

FOTO: Arquivo pessoal

N.B.1 – Segundo as regras do futebol, apenas por ocasião da cobrança de uma penalidade máxima o tempo de jogo pode ser prorrogado. Na década de 50, nossa querida professora dona MARICOTA, tomando a tabuada, nos dizia que 45 mais 7 é igual a 52 e se acrescentarmos mais l, dará 53. Hum, gol marcado após os 54…cheira a …mais uma coincidência.

N.B.2 –  E o Fluminense minha gente? Ninguém esquece tudo de um momento para outro. 0 que se passa nos bastidores? 0 crucificado será Fernando Diniz, ser humano que teima em ser diferente. 0s midiáticos raivosos continuarão a sorrir…

Comments 1

  1. Rogério Moraes Pontes Viana says:

    Parabéns pelo artigo que dá merecido valor a um homem que só trouxe o bem a Valadares.
    Moacir Marques era amigo do meu pai nos áureos tempos desta abençoada Terra e eu minha família guardamos um carinho muito forte por ele.

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