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Depressão

FOTO: Divulgação

Estamos vivendo no limiar de uma nova era nas ciências do cérebro e do comportamento, e, através de pesquisas e estudos, os conhecimentos e técnicas se superam nos tratamentos das dificuldades e desajustes mentais. No que diz respeito à depressão, é importante ressaltar suas diferenças com a tristeza e o desânimo. A depressão compromete o pensamento, o humor, os sentimentos e a saúde física, não dependendo de força de vontade ou de pensamento positivo. Não é preguiça nem “chilique”. Não há estímulo externo – tipo viagem, roupa nova, presente – que altere a sensação de falta de perspectiva e os pensamentos sombrios da mente de um depressivo. Porque depressão é uma doença e precisa ser tratada, tanto no ambiente psicológico como orgânico.

Alguns sintomas, muitas vezes, confundem-se com os de anemia, problemas de glândula tireóide, tuberculose, diabetes, hepatite, artrite reumatóide e muitos outros quadros que apresentam condições clínicas associadas à depressão. Outra confusão pode ser provocada por alguns medicamentos à base de cortisona, que se assemelham aos demais sintomas típicos da depressão.

O deprimido só vê o lado ruim dos fatos, perde completamente a esperança e o interesse nas atividades do dia a dia. O futuro sempre é tenebroso e os problemas mais simples parecem muito, muito complicados. A realidade quase sempre é distorcida pela percepção do paciente. Frequentemente, a pessoa busca o isolamento para cultivar sentimentos de baixa autoestima e de culpa. Nos casos gravíssimos, começa a alimentar ideias sobre morte e suicídio.

Entre os principais sintomas da depressão estão a tristeza prolongada (mais de 15 dias), às vezes inexplicável, a falta de energia e de prazer, o cansaço físico e comer e dormir, de mais ou de menos. Além disso, há dificuldade de concentração e uma irritabilidade fora do comum. A lista ainda pode incluir vertigens, problemas digestivos, dores musculares, dores de cabeça e diminuição ou desaparecimento do desejo sexual. No entanto, outros sintomas alternados aos acima citados, ou mesmo isolados, também podem ser indicativos de depressão, tais como: euforia excessiva, irritabilidade, diminuição da necessidade de sono, aumento da energia, agitação, “tagarelice” e ou aumento do interesse ou atividade sexual, aceleração do pensamento, comprometimento da capacidade de tomar decisões, ideias de grandeza, distração ou divagação com facilidade.

Felizmente, a depressão tem tratamento psicológico e químico, com respostas positivas em 80% dos casos. A duração dos tratamentos depende do grau da depressão e da resposta do paciente. O período em que a pessoa deverá fazer psicoterapia e/ou tomar antidepressivos varia de caso para caso, com orientação e avaliação do psicólogo e do médico. Muitas vezes, uma terapia breve (que equivale de seis meses a 1 ano de psicoterapia) basta para um caso de depressão mais leve, ou seja, a pessoa sofre com os sintomas e diminui seu rendimento, mas, com grande esforço, consegue manter suas atividades sociais e seu trabalho.

Outros dois níveis são verificados: a depressão moderada, que conduz ao isolamento, a pessoa falha em seus compromissos, pode faltar ao trabalho e evita ocasiões de lazer e contato social; e a depressão profunda, que corresponde aos casos mais graves, nos quais o paciente geralmente abandona qualquer tipo de atividade, isola-se totalmente e permanece sentado ou deitado, sem reagir a nenhum estímulo.

Segundo as pesquisas, se a pessoa tiver um primeiro episódio de depressão e não fizer tratamento adequado, suas chances de vir a ter uma segunda crise são de 50%. Depois dessa, o risco de um terceiro episódio chega a 75%. Sem medicação, a probabilidade de uma quarta crise é de praticamente 100%.

(Produção: Sérgio Luiz Fonseca Dias)

Melhores informações: 3271-2428 – Núcleo de Qualificação e Desenvolvimento Humano

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