Luiz Alves Lopes (*)
“Gilmar, De Sordi e Belini, Nilton Santos, Zito e Orlando…..Pelé, Zagalo, escrete nacional…o Brasil vencendo a Suécia…”. Assim cantou o torcedor brasileiro após a conquista do título mundial pela seleção brasileira de futebol em 1.958, o primeiro da espécie. Outros vieram em 1.962, 1.970 e 2.002. Ao que tudo indica presenciaremos comemorações de nossos concorrentes por longo período. Estamos praticando um futebolzinho limitadíssimo;
Gilmar dos Santos Neves (25.08.2013); Djalma dos Santos (23.07.2013); Hideraldo Luiz Belline (20.03.2014); Orlando Peçanha de Carvalho (10.02.2010); Nilton dos Santos (27.11.2013); José Ely de Miranda (14.06.2015); Waldir Pereira (12.05.2001); Manoel Francisco dos Santos (20.01.1983); Edvaldo Izidio Neto (19.01,2002); Édson Arantes do Nascimento (29.12.2022) e Mário Jorge Lobo Zagallo (05.01.2024).
Carlos José Castilho (02.02,1987); Nilton De Sordi (24.08.2013); Mauro Ramos de Oliveira (18.09.2002); Zózimo Alves Calazans (17.07.1977); Valdemar Rodrigues Martins (03.04.1985); Dino Sani…; Joel Antônio Martins (01.01.2003); Moacyr Claudino Pinto…..;José João Altafini….; Edvaldo Alves de Santa Rosa(17.09.2002) e José Macia…..
Paulo Machado de Carvalho (07.03.1992); Vicente Italo Feola(06.11.1975); Paulo Lima Amaral(01.05.2008); Mário Américo(09.04.1990); Hilton Lopes Gosling(22.04.1975); Mário Trigo Hermes de Loureiro(02.06.2008); Francisco de Assis(???); Carlos Nascimento(24.02.1979) e João Carvalhaes (31.03.1976).
Quando se fala em seleção brasileira, as mais lembradas e celebradas com todos os méritos são as de 1.970 e 1.982 pela magnitude do futebol que praticaram. Felizes daqueles que viram. Entretanto, o dia 05 de janeiro de 2.024 marcou a partida do mundo dos humanos de Mário Jorge Lobo Zagallo – o VELHO LOBO, vencedor como poucos e que esteve na Suécia por ocasião de nossa primeira grande e extraordinária conquista.
Do fantástico grupo de futebolistas de 1.958 apenas 04 estão entre nós (Moacyr, Pepe, Dino Sani e Mazola), sendo certo que todos os dirigentes, inclusive profissionais do departamento de futebol, já foram ao encontro do Criador do Universo.
Figuras extraordinárias, importantes mesmo do mundo do futebol, daqui e de lá de fora, se expressaram em alto nível todos reconhecendo, louvando, enaltecendo e agradecendo ao VELHO LOBO por tudo que ele fez pelo e para o futebol, corroborado ainda pela mídia raivosa que de forma unânime reconheceu e reconhece a dimensão do ídolo que se foi.
ZAGALLO do Clube de Regatas do Flamengo, da época de Joel, Henrique, Moacir, Dida e Zagallo; ZAGALLO do Botafogo de Futebol e Regatas dos tempos de Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo; ZAGALLO campeão mundial pelo Brasil em 1.958, tempos de Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagallo; ZAGALLO campeão mundial pelo Brasil em 1.962, ao lado de Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo;
Como treinador, ZAGALLO campeão mundial pelo Brasil em 1.970, com Félix, Carlos Alberto, Brito, Piaza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivelino, Jairzinho, Tostão e Pelé. Como supervisor de carreira, ZAGALLO campeão mundial pelo Brasil em 1.994, com Taffarel, Jorginho, Márcio Santos, Aldair e Branco; Dunga, Mauro Silva, Mazinho e Raí (Zinho), Romário e Bebeto.
Como treinador ou coordenador técnico, ZAGALLO conquistou uma currumaça de títulos com a seleção canarinha, incluindo Taça das Confederações, Sul Americanos e outros mais, sendo certo ainda que à frente de clubes consagrados do futebol brasileiro títulos foram conquistados aos montões. Vencedor como poucos. Incontestável.
Nas nuances de uma carreira ou trajetória, não importa qual seja, no início da década de 70, tempos de Dolfino Chisté à frente da Liga Amadora de nossa cidade, em quadrangular reunindo jovens do Machão da Gama, do Botafogo de Futebol e Regatas, do Clube de Regatas do Flamengo e o quadro de adultos do Democrata Pantera, ZAGALLO aqui esteve dirigindo um dos clubes do Rio de Janeiro.
Voltaria a GV no início dos anos 80 – tempos de Almyr Vargas, dirigindo um dos grandes do Rio no torneio festivo da inauguração das metálicas e i de inúmeras outras melhorias no Mamudão. Na oportunidade, presença maior de João Havelange.
Passado o 5 de janeiro de 2.024, além de um legado descomunal, ficou o exemplo de um cidadão impar quando se fala em brasilidade e amor incomum à amarelinha da seleção brasileira de futebol, tão maltratada e ultrajada nos dias atuais. Valeu VELHO LOBO. Descanse em paz. Que o SENHOR o receba em seus braços.
(*) Ex-atleta
N.B. – matéria já redigida, da Alemanha vem a notícia de que no dia 07 do corrente mês, FRANZ BECKENBAUER, ídolo do futebol alemão e mundial, aos 78 anos, faleceu enquanto dormia, de morte natural, provavelmente dormindo o sono dos justos. 0 KAIZER como era chamado, a exemplo de nosso Zagallo, foi campeão mundial como atleta e treinador, presidindo ainda o maior clube de futebol da Alemanha – o Bayern de Munique. Um dos monstros sagrados do futebol mundial.