Luiz Alves Lopes (*)
No mundo dos mortais, inúmeros são aqueles que se escudam no discurso de que, quando o assunto é política ou religião, saem de fininho e vão logo dizendo: “estou fora”. No mundo do futebol não é diferente. Ajuda aí, Bolivar…
Sem ser repetitivo, não custa lembrar que há um abismo descomunal no significado de POLÍTICA, diferenciando-a da repugnante politicagem. Quanto à RELIGIÃO, independentemente do Credo, aceitar, reconhecer e temer a existência de um SER superior e supremo, e ser, no mínimo, inteligente. Quem fez este MUNDÃO, Bolivar?
O mundo tem piorado. E como tem piorado! É assustador! Guerras, matanças, destruições, desigualdades, fome, pandemias, miséria, terrorismo, frieza, indiferença, espertezas, enfim, tudo que há de mais abominável campeia desenfreadamente. Verdadeiro massacre em todos os níveis e sentidos, com destaque negativo em relação a velhos e crianças.
Em sua caminhada terrena – a curta passagem por este mundão, o CRISTO não mediu esforços na pregação incessante para que recepcionássemos seus ensinamentos e os colocássemos em prática. Com sabedoria ímpar fazia uso de PARÁBOLAS para transmitir suas advertências, mostrando o sentido da vida aqui nesta terra, passagem para uma OUTRA.
TALENTO – Quantas vezes ouvimos de um treinador ou de um treineiro calça curta que: “Este menino leva jeito para o futebol; tem talento.” Em um contexto religioso, talento significa ou representa recursos, dons e oportunidades pelo CRIADOR ofertados, tendo em vista ainda habilidades e aptidões naturais de cada um.
SABEDORIA – a de Deus é diferente da mundana. Esta última está carregada de vícios e de imperfeições. Serve ela apenas e tão somente para nossa curta passagem nesta terra, inversamente, à sabedoria divina. Muitas vezes os mais sábios não são os aqueles que parecem muito sábios aos nossos olhos, mas sim aqueles que cometem a ”loucura” de crer em um SER superior, dedicando-se a servi-Lo.
TALENTOS e SABEDORIA normalmente se fazem presentes em trabalhos VOLUNTÁRIOS, com destaque especial quando se fala em pobres, deserdados e um mundão de gente que se encontra em estado ou estágio de vulnerabilidade social.
Quando de forma irresponsável um grupo ou grupelho de boleiros, ex-boleiros e outros menos votados se juntaram, reuniram-se, e deliberaram pela criação do PINGO D’ÁGUA certamente puderam avaliar o tamanho da encrenca e desafio que teriam pela frente. Desafio descomunal.
Dúvida não resta que há muita gente boa, talentosa e sábia no meio e no seio da boleirada. É muita gente enrolada, também. Muito cuidado, Bolivar. Faça uma classificação criteriosa… Quais são aqueles verdadeiramente comprometidos?
Temos profissionais autônomos e liberais? Temos sim, senhor. Temos pessoas capacitadas, aposentadas? Também as temos. Temos pessoas versáteis, alegres e criativas? Claro, lógico e evidente que sim.
Temos outros tantos ainda em atividades plenas, inclusive, residindo lá fora que se disponha a participar dando suas contribuições? Sim, em quantidade e qualidade. E o estão fazendo com dedicação ímpar.
É verdade que temos instituições e organizações, inclusive, recepcionadas pela Lei Maior, que tem se omitido no desempenho de suas contribuições, optando pela prática de ações sensacionalistas e oportunistas, em descumprimento brutal de ações que valorizam a VIDA? Lamentavelmente sim.
Então minha gente do Pingo D’Água, coloquemos em prática nossa SABEDORIA e valendo-nos de TALENTOS de que somos portadores, busquemos proporcionar um sorriso alegre no rosto de nossos semelhantes. Façamos nossas vidas valerem a pena. Que assim seja!
(*) Ex Atleta
N.B. 1 – Olhando a relação dos clubes amadores de nossa cidade que estão participando do campeonato relâmpago promovido pela Liga, deparamos com inúmeras ausências. Difícil de entender.
N. B. 2 – O que seria de Milton Santos, Didi, Mané Garricha, Beline, De Sordi, Pinheiro, Mauro Ramos, Zito, Dino Sani, Piazza, Tostão, Dirceu Lopes, Zózimo, Calazans, Djalma Santos, Djalma Dias, Vavá, Dida, Dequinha e tantos outros na “podridão” que impera no futebol brasileiro nos dias atuais? Como conviver com tantos mercenários?
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