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Se as pedras gritarem…

São passados mais de 2.000 anos que por este mundão passou um jovem Galileu pregando o amor ao próximo, a igualdade e a fraternidade, deixando-nos normas/mandamentos que insistimos em não dar cumprimento, o que nos direciona e nos encaminha com celeridade para o reino da punição.

Seus ensinamentos foram revolucionários. Ensinou a corações feridos. E atraiu milhares de seguidores. Porém, desagradou e contrariou os poderosos da época, também doutores como nos dias atuais. A questão é antiga, meu caro Bolivar. Deu no que deu, morto na cruz.

Nada restou? Nada aproveitável? Restou sim, um mundo de seres humanos que se digladiam dia sim, outro também, produzindo misérias, destruições em massa e todo o tipo de mazelas que afetam a vida dos mortais planetários.

O poder a qualquer custo, a desmedida obsessão pelo TER a qualquer modo, não importando métodos e procedimentos ainda que reprováveis e repugnantes, assim caminha um percentual altíssimo de uma humanidade que de humana nada tem, que nada demonstra.

Como se a divisão de um bolo fosse e contrapondo aos abusos, aos excessos e procedimentos violadores de normas, costumes e preceitos, um outro contingente de mortais se contrapõe aos poderosos e seus propósitos, marcando e lutando por posições antagônicas, nem sempre compreendidas e recepcionadas. Ao contrário, são elas combatidas de forma ferrenha.

Esquecemos que a VIDA é um dom do Criador do Universo e que nossa passagem por aqui é efêmera. Todos seremos recolhidos, eis a certeza absoluta. Para onde iremos? Para quem acredita em um julgamento final, existem destinos diferentes. Hum…

Sem a pretensão de traçar um paralelo entre as normas que nos foram dadas pelo Galileu e as baixadas pelos humanos, cabível a reflexão de que como tem sido nossa vida neste mundo, qual tem sido nossa conduta e comprometimento em relação ao nosso próximo.

Vivemos em um país desigual, cheio de contradições, polarizado, ainda que em sua Carta Maior esteja registrado que “todos somos iguais perante a lei”. Não é o que constatamos a um simples olhar. Ao contrário, sobram desigualdades. Míopes não somos.

Precisamos abandonar fantasias do poder, do mando e do sucesso que nos conduzem e nos cegam. A violência dos podres poderes de ontem e de hoje, a vontade desvalida do mando a qualquer custo, certamente trarão consequências terríveis, funestas mesmo.

Já não nos lembramos mais da pandemia da covid-19. E não nos revoltamos com tanta mazela a nosso redor. Filiamo-nos ao procedimento de muitos que adotaram o ‘politicamente  correto’ como norma e que com frieza e indiferença, vão  tocando suas vidas.  E o amanhã?

Qual tem sido o nosso engajamento e comprometimento no bojo da sociedade? Participamos efetivamente, dentro de nossos limites, formações e conhecimentos? Fiscalizamos alguma coisa? Ou entendemos que basta apenas pagar nossos tributos? Muito pouco.

Quais têm sido nossas reações diante dos espetáculos circenses nos sinais de trânsito na busca de uma esmola para matar a fome? Achamos graça ou mesmo bonito?  E aquela mulher ou mesmo menor insistindo em nos vender uma “balinha”? Damos um “trocado” e está tudo certo? Quem são eles? De onde vieram? Onde e quando falhamos?

Acompanhamos seus passos, acolhemos seus gestos e os ouvimos? Ou apenas os seguimos de longe ou quando for conveniente? Cuidado minha gente. Muito cuidado e reflexão. Se permanecermos frios, omissos e indiferentes, calados mesmos, certamente que “as pedras gritarão”. É bíblico. E aí, certamente haverá choro e ranger de dentes. Sem misericórdia.


(*) Ex-atleta

N.B. 1 – O Brasileirão é surpreendente. Que será dos poderosos mineiros? Treinadores continuam a serem derrubados pela mídia e nossa arbitragem continua calamitosa. É o Brasil.

FOTOS: Divulgação

N.B.  2 – E parece ter chegado a hora do extraordinário, como jogador, Bruno Henrique. Poucos, muito poucos se dão conta da importância das verdadeiras escolinhas de futebol, formando homens; atletas, se possível.

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