Polícia faz buscas em casa de ex-prefeito suspeito de ter matado a esposa

FOTO: Redes Sociais

TEÓFILO OTONI – A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (6), mandado de busca e apreensão na casa do ex-prefeito de Catuji, Fúvio Serafim, de 44 anos, em Teófilo Otoni. Ele é o principal suspeito do assassinato da esposa, a médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos. O crime aconteceu no último sábado (2), em um hotel em Colatina (ES).

A delegada Herta Coimbra, de Teófilo Otoni, revelou que foram apreendidos vários objetos, inclusive, um sistema de videomonitoramento na casa do casal.

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Segundo a perícia da Polícia Civil do Espírito Santo, as causas da morte foram asfixia mecânica, traumatismo cranioencefálico, broncoaspiração e baixa concentração de oxigênio no sangue.

Juliana trabalhava como médica psiquiatra em Teófilo Otoni e era filha do ex-prefeito Samir Sagi El-Aouar. O pai da vítima relatou à polícia que ela era vítima de violência doméstica. Dessa forma, Samir acusa o genro de ter torturado a filha até matá-la. “Uma médica, psiquiatra, com o futuro todo pela frente, uma filha maravilhosa, um amor de pessoa, de repente é submetida a uma tortura. Mais um feminicídio neste país que eu espero que não vá ficar impune”, lamentou.

VERSÃO DO SUSPEITO

De acordo com o Boletim de Ocorrências, o suspeito afirmou à polícia que a esposa tinha realizado uma cirurgia, em Colatina, e acordou morta. Além disso, o suspeito disse que tentou reanimá-la, quando acordou, seguindo orientações do Serviço de Atendimento Móvel em Urgência (Samu). Ele disse ainda que ambos estavam felizes e foram dormir no dia anterior por volta das 20h.

VERSÃO DO GERENTE DO HOTEL

A versão dada pelo gerente do hotel contesta as afirmações do suspeito à polícia. Segundo o gerente, outros clientes do hotel se queixaram de barulhos de briga vindos do quarto do casal durante a madrugada. Ele contou que o suspeito o procurou na manhã de sábado, querendo pagar a conta, alegando que a esposa estava desmaiada. Assim o gerente acionou imediatamente o Samu. Então, ao chegarem ao hotel, os socorristas confirmaram a morte e acionaram a Polícia Militar.

VERSÃO DO PAI DA VÍTIMA

O pai da vítima também negou que a filha tenha morrido em decorrência da suposta cirurgia. “Nenhuma cirurgia foi feita. Nada. Nenhuma consulta. Ele se aproveitou, achando que o que foi feito, um bloqueio pequeno que se faz nas costas, como se fosse uma pequena injeção, justificaria o óbito dela, quebrando a cabeça dela. Isso justifica que, após uma consulta, isso tudo aconteceu?”, questionou.

VERSÃO DO MOTORISTA DO CASAL

Entretanto um motorista do casal, que estava hospedado no quarto ao lado, relatou aos policiais que no sábado pela manhã foi até o quarto do casal. Segundo o motorista, o patrão afirmou que precisava de ajuda, pois a esposa havia caído no banheiro.

CENA DOS FATOS E PRISÕES

De acordo com a polícia, no quarto do casal havia várias garrafas de cerveja e roupas sujas de sangue. Além disso, segundo a perícia, a mulher estava machucada. Portanto a polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso como homicídio qualificado. Para a Polícia, o marido é o principal suspeito, porém, também indiciou o motorista. Ambos estão presos preventivamente no Sistema Prisional do Espírito Santo, aguardando decisão da Justiça.

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