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O Canhotinha e Muricy, de novo

Um dos grandes expoentes da seleção canarinha que deslumbrou o mundo em 1970, no México, GERSON de Oliveira Nunes –o Canhotinha de Ouro -, lúcido, sorridente e sarcástico, com sabedoria incomum aos 83 anos bem vividos, se submeteu a uma bateria de perguntas maliciosas de pessoas que buscam ignorar o feito e qualidades da turma de 70, comparando-a com os futebolistas de hoje. Cômico e hilário…

Sabatinado de forma maliciosa, preconceituosa e desrespeitosa, GERSON, com personalidade incomum, sem perder a linha, porém, irônico, respondeu com firmeza a inúmeros questionamentos de um grupelho que certamente não sabe que a bola é feita de couro, que o couro vem do boi e que este gosta de grama. E de gramado o CANHOTA conhece como poucos.

Quando perguntado sobre o goleiro Félix e suas deficiências ou mesmo fragilidades, a resposta foi longa e dissertativa, enumerando feitos de uma longa e vitoriosa carreira que teve como feito maior a conquista inconteste do título do mundial de 70.

Em mais de uma indagação nas quais dúvidas foram levantadas sobre as qualidades do grupo de 70, com insinuações de que nos tempos atuais não conseguiriam êxitos como futebolistas, nosso Gerson foi enfático nas respostas, afirmando que ao contrário, com tanta mordomia, assistências, evoluções, cuidados e modernidades introduzidas no futebol, nossos craques de ontem produziriam hoje muito mais ainda.

Perguntado sobre João Saldanha e Zagallo, o canhota abriu a caixa de ferramenta enaltecendo o trabalho de ambos, falando com clareza da tentativa de intromissão indevida no trabalho do João Sem Medo e que culminou com seu afastamento do comando da seleção canarinha. 

Quanto ao Velho LOBO foi curto e grosso dizendo que sua trajetória como atleta e técnico de futebol fizeram dele um dos maiores futebolistas do planeta terra. E arrematou: observador como poucos, astuto, estudioso, decidido e convicto, foi um grande vencedor por seus próprios méritos.

Ao indagarem sobre um tal de Édson Arantes do Nascimento, se esquivou dizendo que não responderia a perguntas fáceis. Que PELÉ não era deste planeta, não cabendo assim qualquer tentativa de compará-lo a outros futebolistas deste mundo.

Teve oportunidade de dissertar sobre a qualidade e condições dos campos de outrora em comparação com os atuais, qualidade do material esportivo, meios de deslocamentos, equipamentos no trato de contusões e o amor à camisa demonstrada pelos antigos futebolistas em relação à maioria de nossos clubes tradicionais.

Falou da comissão técnica de 70, da preparação física, da vontade do grupo, da liderança de alguns e da individualidade de outros. Registrou a inteligência incomum de TOSTÃO, a habilidade no aproveitamento de Rivelino e o que levou Everaldo a ocupar a lateral esquerda em lugar de Marco Antônio. Finalizou dando um tchau para os seus inquisidores.

MURICY RAMALHO

Deixando de lado o CANHOTA, não é que dona CBF pensando ser dona do mundo ou pelo menos do futebol da terra de Cabral, se atreveu a convidar MURICY RAMALHO para coordenador técnico da entidade.

Recebeu um sonoro NÃO ao argumento de que tinha compromisso e a palavra empenhada com os dirigentes de um clube de futebol chamado SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE e pelo qual tinha e tem o maior respeito e consideração.

Não é a primeira vez que o destacado ex-atleta, ex-treinador e atualmente dirigente futebolista diz não à entidade maior do futebol brasileiro. Nos idos de 2010 já adotara conduta idêntica por não concordar com determinados procedimentos e métodos.

Muricy Ramalho faz parte de um seleto grupo de pessoas existentes no mundo do futebol brasileiro cujo caráter, conduta, exemplo e procedimento são coisas raras, quase inimagináveis para um negócio chamado FUTEBOL, ontem a alegria do povo, hoje um meio de ganhar dinheiro. Muito triste. O torcedor é apenas um detalhe.


(*) Ex-atleta.


FOTO: Divulgação

N.B.1–Passado o entusiasmo inicial, passam a preocupar as campanhas do Democrata Pantera e Ipatinga no estadual das Minas Gerais. As permanências na primeira divisão passam a serem os grandes objetivos de ambos no momento.

N.B.2 – O mercado do futebol continua com suas loucuras, inclusive, desfazimentos de transações dadas como favas contatas. Palavra empenhada não funciona no mundo do futebol.

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