Um forte chuva atingiu a cidade de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, nesta terça-feira (15), comércios e casas foram invadidos pela água. A tempestade também destruiu muros e residências, arrastou motos e carros.
Até o momento não há registro de mortes. Segundo o boletim da Prefeitura, divulgado nesta quarta-feira (16), 15 pessoas estão desabrigadas.
A região central, que fica na parte mais baixa da cidade, foi a mais atingida, e por isso algumas ruas estão interditadas. De acordo com a Defesa Civil, em menos de duas horas foram registrados 163 mm de chuvas na cidade.
No Centro, diversos lojas foram atingidas, a força da enxurrada derrubou portas, e levou 80% das mercadorias, principalmente na rua Getúlio Vargas. Em alguns estabelecimentos, o alagamento atingiu a altura de 1,5 metro. O Mercado Municipal também foi atingido. Dessa forma, não será aberto ao público nesta quarta-feira (16) para a comercialização de produtos rurais. Durante todo o dia será procedida a limpeza no local.
Desde o dia 1º de fevereiro Capelinha é um dos municípios mineiros que se encontram em estado de emergência por causa das chuvas. A Prefeitura informou ainda que aguarda a chegada de representantes da Defesa Civil do Estado a Capelinha para conferir a situação e analisar a possibilidade de decretar Estado de Calamidade Pública.
A população estimada pelo IBGE para o município de Capelinha é de 38.321 habitantes.
Previsão de mais chuvas para quarta-feira (16)
Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), é alta a possibilidade de chover em Capelinha nesta quarta-feira (16). A previsão inicial é de 30 mm de chuva.
O município está classificado, neste momento no INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), como ALERTA LARANJA, grau Severidade, Risco Alto de chuva.
Há risco de deslizamentos de encostas e taludes, quedas de árvores, transbordamento de rios e córregos, desabamento de imóveis, rompimento de barramentos (especialmente na zona rural) e quedas de raios.
Ruas interditadas na cidade
A Prefeitura também divulgou que algumas ruas da cidade precisaram ser interditadas, principalmente na região central. Até o momento a região atrás da rodoviária, rua Geraldo Prisco, rua Turmalina, rua Ângelo Campos, ruas Solimões e rua Santa Cecília, até a rua Governador Valadares, estão impedidas para a passagem de veículos e pedestres. A Prefeitura ressaltou que durante todo o dia haverá novas interdições.
Segundo a Secretaria de Obras, desde o início da manhã desta quarta-feira (16), cerca de 60 profissionais trabalham em ações pela cidade para amenizar os grandes estragos causados pela tempestade. Também foram empenhados no trabalho de contenção 5 retroescavadeiras, 1 pá-carregadeira, 3 caminhões-pipa e 10 caminhões caçamba.