Estudantes universitários falam sobre desafios da aprendizagem remota

Sem aulas presenciais, universitários valadarenses pontuam dificuldades enfrentadas com ensino remoto no período de pandemia

No segundo ano de pandemia, adaptar-se ao novo sistema de ensino ainda não está sendo fácil. Visto que o processo de aprendizagem passou por adaptações, o DRD ouviu alguns estudantes universitários, que avaliam seu desempenho nos estudos em casa.

Os desafios enfrentados pelos alunos são incontáveis, desde a falta de conexão e a desorganização até a falta de recursos e espaço físico para estudar. Além disso, a desconcentração e a desmotivação também vêm sendo problemas gerados pelo ensino remoto.

Para alguns alunos, lidar com a tecnologia não está sendo uma tarefa fácil. A desconcentração promovida pelos meios virtuais e as falhas na rede dificultam a aprendizagem, conforme conta a estudante de Psicologia Myllena Barbosa, de 20 anos. “Gosto do curso e me identifico bastante com ele, mas, para mim, está sendo muito complicado lidar com o EAD. O celular tira muito a minha concentração, além das falhas na conexão com a internet, que me deixa impossibilitada de participar das aulas. Na verdade, gostaria muito que as aulas voltassem no presencial.”

Myllena conta que a desconcentração e as falhas na rede são suas maiores dificuldades (Foto: Arquivo Pessoal)

Além de enfrentar dificuldades com as novas ferramentas de ensino, outro problema é a desmotivação gerada pela falta de aulas práticas e pela desorganização. “Meu desempenho está muito mediano. Em casa, a vontade de fazer qualquer atividade vai pro saco. Sempre tem algo mais interessante pra fazer. Meu curso é 75% prático, desde anatomia até pólo aquático, e ter somente aulas teóricas, com uma sobrecarga gigante de atividades, me desmotiva. Acabo não me dedicando 100% aos trabalhos; sinto preguiça”, afirma Davi Vargas, de 20 anos, estudante de Educação Física. 

Davi afirma que se sente desmotivado com as aulas remotas (Foto: Arquivo Pessoal)

Parte dos alunos também cita a interferência de barulhos externos durante as aulas. “Apesar do esforço dos professores para ensinar da melhor forma possível, o barulho em casa me prejudica bastante. As atividades não podem parar e, nesse momento, até o barulho da televisão atrapalha. Além disso, moro em uma avenida e o fluxo de veículos é muito grande Com tanta interferência, não consigo focar nas aulas, me distraio fácil. Preciso rever as aulas e os materiais várias vezes. No entanto, estou me virando, minhas notas estão boas. Mas gostaria muito que as coisas se normalizassem, para retornarmos ao presencial”, pontua Renata Zapula, de 18 anos, estudante de Direito.

Renata pontua que a interferência de barulhos externos atrapalha as aulas (Foto: Arquivo Pessoal)

Na opinião de Tiago Alves, que estuda Fisioterapia, o processo de aprendizagem por meios virtuais é deficiente. Para ele, faltam meios para que a educação remota seja mais eficaz, além da falta de recursos para a revisão das aulas passadas. “Sinto que sempre falta algo. Os problemas de conexão são terríveis. Somos prejudicados, já que as aulas não são gravadas e disponibilizadas. Presencialmente, a comunicação é muito mais clara, os conteúdos são compreendidos mais facilmente. No entanto, mesmo com todas as dificuldades e deficiências nesse método de ensino, ainda acho que o mais correto é a continuidade do EAD, até que possamos nos reunir com total segurança, e espero que seja logo”, finaliza o universitário. 

Tiago indica que faltam meios para que a educação remota seja mais eficaz (Foto: Arquivo Pessoal)

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