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E quando o trabalho perde o “sentido” para mim?

Dileymárcio de Carvalho (*)

O trabalho se tornou uma característica da condição humana.  Lógico que em outras espécies animais há sim muito trabalho. Mas só o homem tem a capacidade de refletir sobre o que faz como trabalho e o que se torna por causa da vida no trabalho. Questionar também o trabalho é uma questão humana.

O grande desafio é quando o trabalho não faz mais sentido na vida de uma pessoa.  E o sentido do trabalho organiza sim outros aspectos da vida. E se não faz mais sentido, a vida se torna mais difícil.

Na terapia com meus clientes que estão em sofrimento por causa do trabalho, ouço com frequência a frase: “o trabalho perdeu o sentido para mim”. Ai minha intervenção é sempre dizer: é hora então de descobrir o sentido desse trabalho ou sentidos em outro trabalho. O que estou dizendo com isso? Primeiro que sentido da vida não é inventado, mas descoberto. E quando o sentido da vida do trabalho se perde, para muita gente é hora de descobrir o sentido em outro trabalho, outra empresa e até em outra profissão.

Não dá para a gente “inventar” que descobriu o sentido do trabalho se realmente não houve uma busca consciente e ativa para esse sentido. E um dos pontos de validação do sentido da vida no trabalho é saber “o quanto o que eu faço vai além de mim mesmo”. Ou seja: faz sentido também para outras pessoas? Porque esse é o processo da vida.

Três pontos são importantes na busca pelo sentido da vida profissional: O primeiro é que esse “sentido” não é algo místico, em que eu simplesmente “olho para dentro de mim” e digo: “encontrei o sentido do trabalho”. O segundo é que esse sentido acontece na prática, na vida, em “ir fazendo” ir “construindo”, enquanto se vive todas as outras dimensões da vida. E o terceiro ponto é que o sentido do trabalho se dá em definir valores e atitudes práticas sobre o que se faz como trabalho.

O trabalho perde o sentido, quando o que eu faço não tem ligação com o que me motiva que são os meus próprios valores, as minhas qualidades do meu jeito de ser e agir.

Mas sim, é possível encontrar o sentido da vida do trabalho. E isso não é algo que acontece no “inconsciente”. Até porque o inconsciente é apenas uma metáfora de uma psicologia mentalista. Na vida real, sentido se faz com atitude. E talvez atitude seja o que falta a você hoje para mudar.

DILEYMÁRCIO DE CARVALHO- PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL- CRP: 04/49821 (*)

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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