Alguns buscam as praias do litoral capixaba, enquanto outros ficarão na cidade mesmo
A noite de natal já passou e agora começa o planejamento de passar a virada do ano da melhor forma possível. Desta vez, os valadarenses não terão a opção de passar o réveillon nos clubes da cidade, pois foram cancelados devido a pandemia. Já as agências de turismo estão com dificuldade de manter o planejamento das viagens devido as restrições em muitos lugares do Brasil. As praias ainda são o grande chamativo para esta data, enquanto outros muitos valadarenses vão preferir passar em casa mesmo.
As viagens de trem da Estrada de Ferro Vitoria a Minas (EFVM) na semana do réveillon se manteve na mesma proporção que estavam acontecendo e os vagões seguem com ocupação reduzida para manter o distanciamento, além de outras medidas de segurança como aferição de temperatura antes do embarque, uso obrigatório de máscaras, oferta de álcool em gel nas estações e a bordo do trem e a intensificação da limpeza e da desinfecção de áreas comuns. Para quem quiser sair de Valadares e chegar a Vitória, o valor da passagem na classe econômica é de R$ 42, enquanto na executiva o bilhete pode ser adquirido por R$ 72.
Para quem quiser chegar ao litoral capixaba, também tem a opção de ir de ônibus. Duas empresas disponibilizam esta viagem, saindo de Valadares com destino a Vitória. Uma delas nesta semana tem dois horários por dia: 22h15 e 22h30. O preço varia entre R$ 103 e R$ 108. Já na outra empresa, são quatro horários disponíveis por dia: 10h30, 22h30, 23h e 23h30, com valores das passagens variando entre R$ 119 e R$ 129.
Nilton Lima é gerente de vendas em Valadares. Ele havia planejado passar natal e réveillon junto com sua esposa, em Arapiraca, cidade de Alagoas, mas preferiu desistir da viagem por causa do receio com a Covid-19. “Apesar de já termos contraído a Covid-19, o exame de anticorpos da minha esposa não deu positivo. O mais possível é o teste dela ter dado falso negativo por causa do tempo, mas como na casa do meu cunhado mora uma idosa, a gente decidiu não viajar por causa desta incerteza e decidimos ficar mesmo em Valadares. Preferimos ficar em casa e tomar todos os cuidados. Possivelmente passaremos o réveillon com um casal de amigos que também já testaram positivo para Covid-19 e evitar dor de cabeça futura”, disse.
O vendedor Aldo Júnior conta que provavelmente passará em Guriri com mais quatro amigos e revelou que até já deram o sinal para o aluguel da casa onde vão ficar. De acordo com ele, se as praias não forem fechadas, valerá a pena fazer a viagem. “Estamos no impasse ainda, mas posso dizer que está quase fechada a nossa ida para Guriri. Ainda existe aquele receio de chegar e não poder entrar na cidade pela situação atual, mas se pelo menos as praias estiverem liberadas, já seria bom para nós”.
Agência de turismo teve que cancelar roteiros para o réveillon
Estevão César é atendente de uma agência de turismo de Governador Valadares. Ele explica que dos quatro roteiros programados e ofertados para este réveillon, dois já foram cancelados por causa de restrições das cidades destino. “A princípio tínhamos quatro roteiros lançados há bastante tempo como programação de réveillon: Foz do Iguaçu, Milho Verde, Dunas de Itaúnas e Salvador. Para Foz do Iguaçu, tivemos que cancelar a viagem, enquanto Milho Verde muito provavelmente também será cancelada. Nas viagens que estão sendo mantidas, Salvador e Dunas de Itaúnas, estamos com um pouco de dificuldade. Salvador existe a possibilidade de fechar a praia, então a gente fica meio sem saber, já que isso ainda não é algo certo. O que foi afirmado é que as festas públicas não poderão acontecer, mas a praia até então está no impasse se será fechada ou não. Tem muita gente querendo viajar e sair um pouco da rotina, até porque passamos por um ano muito difícil. Foz do Iguaçu foi cancelada porque não teria mais algumas das atrações. Não temos muito o que fazer, tentamos fornecer o melhor serviço possível, mas as vezes não conseguimos por causa do fechamento de alguns locais e pelo momento que estamos passando. Aí tem que devolver o dinheiro ou o cliente ficar como crédito. A situação está meio complicada e crítica para o setor de turismo”.
