Se é verdade que “amigo é coisa para se guardar”, resta-nos inteirar de que AMIZADE é um vínculo ou relacionamento afetivo regido por valores imprescindíveis em que impera a confiança, lealdade, generosidade, sinceridade e comprometimento.
Por COLEGUISMO entendamos que nada mais é do que um sentimento de camaradagem e solidariedade que une pessoas. Muito próprio entre colegas de estudo ou de trabalho. Normalmente envolve uma postura de respeito e empatia.
Quanto ao COMPANHEIRISMO, este se faz presente em um relacionamento saudável e duradouro. Apoiar, estar presente em determinadas situações, ocasiões, momentos e circunstâncias, são atributos do verdadeiro companheirismo.
Em relação a FRIEZA, podemos entender a indiferença, a falta de amabilidade, a insensibilidade, a impassibilidade, a inércia e a apatia, muito comum no “politicamente correto”. Pode-se acrescentar o desprezo, o desânimo, o distanciamento e o desdém.
Por fim, a INDIFERENÇA nada mais é do que a qualidade de quem não se interessa ou se importa por algo ou por alguém. Ausência de sentimentos fortes em relação a algo ou a alguém. Muito trabalho e desafios pela frente meu caro Bolivar…
Vivemos em um mundo conturbado, desprovido de determinados valores que possam minimizar sofrimentos e situações pouco ou quase nada republicanas. Ao contrário, na base do “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro” ou “quem pariu Mateus que tome conta”, é de estarrecer o convívio com determinadas situações.
E inadvertidamente confundimos convivência de anos e anos com a vivência em mundos diferentes. Comprometimento com ideias, propostas e projetos deixado de lado ao surgimento do primeiro e minúsculo obstáculo. Não tenho tempo…não quero me aborrecer. Cansei…Muito fácil meu querido Bolivar.
Em um mundo desigual, injusto e desumano, devemos ter em mente que podemos fazer a diferença. Às vezes basta querer, se posicionar, levantar uma das mãos e responder PRESENTE. Olhar no retrovisor e constatar o que ficou para traz. Ainda assim, plausível o silêncio?
Alguém já disse, mas não custa repetir: quem tem mais poder, quem se julga mais importante, quem está investido em algum tipo de autoridade, quem é qualificado, tem sobre os ombros responsabilidades maiores. A omissão será muito maior, eis o alerta.
Fazer o bem, faz bem. Fazer o bem e não olhar a quem. Intervir, quando necessário. Não há como fazer omeletes sem quebrar os ovos. Desigualdades e atos arbitrários podem e devem ser superados com sabedoria, humildade e participação de quem tem legitimidade para tal.
Ao contrário, nossa omissão, frieza e indiferença podem ocasionar o surgimento de abismos intransponíveis e de consequências deletérias. Será o que queremos? Buscamos holofotes? No momento nos interessa o quanto pior, melhor?
Pobre humanidade doente, corrompida, insensível e desprovida de valores éticos, morais e com um mínimo de temor a DEUS. Estamos nesta terra de passagem. E quando chegar a hora da partida? Que será de nós? Dúvida não resta de que DEUS é misericordioso, mas…
No silêncio de nosso quarto ou mesmo de nosso banheiro, por uns míseros minutos, elevemos nossa VOZ e pensamento ao CRIADOR rogando luz, sabedoria e misericórdia. Quem sabe ainda dá tempo?
(*) Ex-atleta
N.B.1 – Situação difícil, embaraçosa mesmo para a diretoria do CAM em virtude dos atos de seus torcedores na final da Copa do Brasil. Deverá custar um preço enorme. Serão eles identificados e punidos ou apenas o clube?
N.B.2 – Está tomando um rumo muito perigoso os salários estrondosos de atletas de futebol em nosso país. Na maioria dos casos, verdadeiras loucuras. A conta chegará um dia…