Dileymárcio de Carvalho (*)
O que você falava que seria quando “crescesse” e o que te afastou do sonho infantil, pode ser um elo a ser buscado na hora de repensar a carreira. São dois caminhos emocionais que nos ajudam numa avaliação mais aprofundada do quanto nos distanciamos de um sonho. A questão é sobre como nos conscientizamos sobre a nossa vida profissional, ecomo por diversas circunstâncias, desconstruímos um sonho que para muitos, era apenas uma experiência infantil, e por isso, teria mesmoque ficar na infância.
O desafio de um diagnóstico psicológico para reposicionamento da vida profissional está justamente no resgate da história de sonhos que foram sendo mudados. Normalmente, o descompasso de insatisfação é representado pelo conformismo e uma zona de performance inadequada.
Na linha do tempo dessa análise levamos em conta a formação e o estudo ao longo da vida e como o “sonho infantil”ficou nessas etapas . As comparações são vistas em relação a realidade em que me encontro e o quanto de recursos psicológicos eu desenvolvi ou preciso empregar para uma organização de rota.
Uma estratégica desse diagnóstico é feita com a análise do Curriculum Vitae com objetivos projetivos na carreira. É possível descobrir o que o CV deveria ter como registro de uma trajetória do sonho não realizado no adulto profissional. O que vemos é que em muitos casos, esse sonho não é trabalhado, não só porque o perfil da criança munda mesmo, mas porque os diversos contextos, principalmente os familiares não foram protetivos em assegurar a experiência de formação profissional ainda nos primeiros sinais de interesse da criança.
Em muitos casos é possível desenhar um novo momento profissional. Os orientadores de carreira concordam em dizer que o alinhamento de uma carreira está diretamente ligado em identificar os sonhos infantis para o futuro profissional. Ainda que não se defina por uma formação do sonho inicial, é muito comum ver as pessoas mudando a rota profissional para os grandes campos ligados ao sonho do que “seriam quando crescessem”.
Mas é importante dizer que o ajuste da rota profissional não precisa ser só com a mudança total da área de atuação. A readequação, ou reposicionamento e até mesmo o desenvolvimento de novas habilidades e competências dentro da própria área de atuação, são caminhos possíveis.
Em todos esses cenários, a orientação profissional psicológica leva em consideração o perfil psicológico do profissional. E é justamente a partir desse perfil que trabalhamos as condições psicológicas para as mudanças necessárias. O desenvolvimento e fortalecimento de repertórios emocionais é fundamental quando se define pela mudança de rota profissional.
Esse é um trabalho terapêutico também, em que a orientação do profissional da psicologia passar por abordagens específicas das áreas da psicologia e por protocolos seguros e testes psicológicos. Um destaque importante é que não há uma idade limitante para se iniciar um processo de mudança de rota profissional.
OBS: ESSA SÉRIE “DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA TERÁ 03 PARTES.
(*) DILEYMÁRCIO DE CARVALHO – CRP:04/49821
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