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Unidos em oração

FOTO: Freepik
por Sebastião Evilásio (*)

No século nove, um grupo de monges irlandeses iniciou uma prática de oração que se tornou costume. Como os leigos não sabiam ler, contavam 150 vezes orações de Salmos, foi quando nasceu a expressão “Rosário”.

No ano 800, este costume teve uma mudança: os leigos criaram um objeto em forma de cordão, contendo 50 pedacinhos de madeira, e passaram a contar a repetição de 50 “Pai-Nossos”. Sendo apenas 50, ou seja, a terça parte do que já era costume, fixou-se o termo “terço”.

Mas e as “Ave-Marias”, como e por que foram incluídas?

Bem, ser integrante do grupo que fundou o Terço dos Homens Mãe Rainha, dirigido pelo padre Raniere dos Anjos, então, pároco da Santa Rosa de Lima em 2010, é compreensível que a gente tenha que estudar um pouquinho mais sobre temas específicos.

Vamos lá! Em 1202, Domingos de Gusmão, hoje santo, fez viagem à França, por ordem do papa, para lutar contra heresias que dividiam Deus (do mal e do bem). Foi uma batalha difícil e São Domingos não logrou muito êxito.

Após três dias de intensas orações, Nossa Senhora lhe apareceu e disse (me permitam um pequeno control C/control V):

“Querido Domingos, você sabe qual é a arma que a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo?”

  • “Quero que saiba que neste tipo de guerra a arma sempre foi o Saltério Angélico – palavras do Arcanjo Gabriel à Nossa Senhora na Anunciação “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” – que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Portanto se você quer converter estas almas endurecidas e ganhá-las para Deus, difunda o meu saltério”.

Conta-se que Nossa Senhora, então, mostrou o terço para São Domingos, com as 50 contas, que passou a ser conhecido como Saltério da Bem-Aventurada Virgem Maria. A partir daí, São Domingos começou a espalhar esta devoção.

Mas como o tempo exige mudanças ou adequações, a matemática não bate com as 150 contas originais e as 200 atuais.

O Santo Terço, originariamente subdividido em 3 partes de 50 contas, sendo cada conjunto de 50 chamado de mistério, tínhamos os Mistérios Gozosos, Mistérios Dolorosos e os Mistérios Gloriosos.

Foi em 2002, o então Papa João Paulo II percebeu que algo faltava neste Rosário. Até então, o Rosário narrava o nascimento, a paixão e a glória de Jesus Cristo. São João Paulo II sentiu falta de uma narrativa da Luz emanada do verbo encarnado, durante sua peregrinação, e acrescentou ao Santo Rosário os Mistérios Luminosos, ou Mistérios da Luz, como queiram.

Aí está uma brevíssima interpretação da origem do Terço Mariano.

Ouso até afirmar que, embora não tenha nenhum documento que comprove, meu “achismo” me inclina a associar o poder da oração do terço àquelas orações do povo em intenções de Pedro na prisão (Atos dos Apóstolos). Deus ouviu as súplicas do povo e abriram-se as celas, caíram as correntes, guardas se calaram e Pedro foi libertado, não pelo homem, mas pelo próprio Deus.

Ah, se todas as pessoas soubessem o poder da oração!!! Ah, se todos experimentassem se unir em oração e levassem mais a sério a augusta majestade da Santíssima Trindade!.. Ah, se nos ajoelhássemos com Maria e crêssemos mais na sua poderosa intercessão!!!

A crueldade do mundo cairia como as correntes que prendiam Pedro caíram. As pessoas se amariam mais, existiriam muito menos guerras, e a presença de Jesus em nós não causaria estranheza.

Que todos os grupos que rezam o Terço jamais desistam de buscar a conversão e salvação do mundo.


(*) tiaoevilasio1@gmail.com

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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