Luiz Alves Lopes (*)
Salvo entendimentos outros próprios dos dias atuais, vivemos em um país civilizado em que vigora o Estado Democrático de Direito recepcionado pela Carta do Doutor Ulisses, promulgada em 5 de outubro de 1988. Só podia ser no dia 5 de outubro…
Assegura ela que são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.
Apregoa mais ainda que é dever da família, da sociedade e do ESTADO assegurar a criança e ao adolescente, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária.
Não menos verdade que a Declaração Universal dos Direitos Humanos baixada em Paris, em 10 de dezembro de 1948, apregoa que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
E o que dizer do Estatuto da Criança e Adolescente quando afirma que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata o Estatuto, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facilitar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”
Há necessidade de registrar que o Estatuto do Idoso “assegura ao idoso todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, pela preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições dignas”.
Neste mundo de Deus, há desiguais para ninguém botar defeito, independentemente da faixa etária, não importando se foi ou não boleiro, se integrou ou não o agrupamento de dentes de leites da outrora Princesinha do Vale.
Só não envelhece quem parte um pouco mais cedo. Na juventude, poucos se dão conta que há uma certa previsibilidade daquilo que terão ou poderão ter pela frente, pela caminhada da vida. Regra geral: fecham os olhos. O tempo passa…as mazelas e macacoas aparecem em quantidade e qualidade.
Engajamento. Comprometimento. Solidariedade e outros qualitativos mais ocorrem em percentual razoável por parte do cidadão comum. Ele participa de corpo e alma com o intuito de minimizar o sofrimento alheio. Faz o que pode…
E o ESTADO, esta figura dantesca segundo determinado rei de Roma, seus e nossos legítimos representantes cumprem os papéis institucionais para os quais foram indicados e escolhidos? Nós os fiscalizamos?
De forma amadora, muito tímida e ainda não estruturada, o Projeto Pingo D’Água tem identificado pessoas em situações de vulnerabilidade social no aguardo do legítimo e previsível braço estatal. Estão na espera…. pouco ou quase nada se faz.
Aos que não gostam de POLÍTICA, confundindo-a com politicagem, um alerta, uma advertência: este é sim ano e momento de se discutir, debater, ouvir propostas e cobrar comprometimentos para uma política municipal de assistência social voltada para os vulneráveis e deserdados.
Basta voltar nossos olhares para a periferia, para nosso redor, para nossas praças, para nossas calçadas. Se não for pedir muito, visitas às instituições assistenciais e filantrópicas da cidade, todas elas vivendo de “pires na mão.”
(*) Ex-atleta
N.B.1 – E o nosso sumido CÉLIO apareceu para alegria do torcedor da Pantera, de seus amigos e de seus admiradores. Vida longa ao ‘velho guerreiro’.
N.B.2 – Ao que tudo indica, Paulo de Tarso vai enfrentar uma nova empreitada. Carlos Thébit vai ter que deixar o pijama a cair no campo em busca de….(não pode ser dito).
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