Dileymárcio de Carvalho (*)
Parece que é mundial: a ansiedade faz parte do Comportamento de Expressão dos trabalhadores. E o que isso significa? Como as pessoas definem suas capacidades emocionais de resistência aos estressores diários.
Os dados são de pesquisas de saúde no trabalho da Gallup América Latina para 2019/2020. E os números não são por causa desse momento mundial. Lógico que a manutenção do cenário mundial tem peso sobre os dados.
Mas também em 17/18, seis em cada 10 trabalhadores com formação entre ensino médio e com curso superior, se denominaram, em uma pesquisa de estresse, também como ansiosos.
Ainda que boa parte não descrevesse o que é ansiedade, a própria nomeação coloca a pessoa em investigação ao longo de um ano. Os trabalhadores que se autodenominaram ansiosos, estão entre os que mais se afastaram das funções por quadros de depressão e outras síndromes como o Burnout.
E o que temos aqui? Todo depressivo foi um dia um ansioso. A grande questão é que a ansiedade não controlada vai se generalizar. São as TAGS: Transtorno de Ansiedade Generalizada e potencializam doenças emocionais e orgânicas, como gastrites, neurais e motoras.
Não bastassem esses comprometimentos futuros, o ansioso no trabalho está entre os que mais erraram processos já definidos e os que mais justificam o “esquecimento” diante da cobrança por uma tarefa não executada.
Se denominar “ansioso” no trabalho se tornou um escudo para muita gente justificar a não produtividade e outros comportamentos. Para a empresa o desafio urgente é a do diagnóstico e de ações sobre os resultados e o cuidado com os colaboradores, com ações que organizam o comportamento ansioso e da própria empresa.
Três pontos são importantes para o controle da ansiedade: 1- Identificar o que depende de mim, que está me deixando ansioso. 2-O que depende de outras pessoas e das estruturas e rotinas que estou envolvido, e dar nome a todos. 3- Fazer pausas e treinar a respiração consciente há cada meia hora.
São ações simples que funcionam como estratégia emocional frente às demandas da vida que geram ansiedade.
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DILEYMÁRCIO DE CARVALHO – PSICÓLOGO CLÍNICO COMPORTAMENTAL -CRP:04/49821
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