Há, por parte do atual presidente da Liga de Futebol Amador de Governador Valadares – reeleito por sinal, uma clara vontade de fazer realizar no ano que se aproxima de 2.026 o campeonato oficial do futebol amador de nossa cidade, ainda que com diminuto número de participantes.
Para tanto pretende convocarassembleia da entidade logo no início do ano para colocar para os clubes suas ideias e também ouvir de seus filiados sugestões que conduzam à volta oficial das disputas futebolísticas amadoras, tão envolventes em um passado que se distancia.
Querer é poder. Quando se tem disposição e boa vontade, as dificuldades são enfrentadas e suplantadas. Há de se ter em mente que deverá haver uma conjugação de esforços envolvendo a entidade, os clubes e, por certo, segmentos da sociedade civil.
Ainda que não tenhamos mais o saudoso Clube Atlético Pastoril, o Esporte Clube do Rio Doce do ‘mister’, o Evereste Futebol Clube do César de Assis, da Sociedade Esportiva Palmeiras do MairsonSiman, do Esporte Clube Santa Helena de Joaquim Inácio, do Bangú Atlético Clube de Almyr Lordes, do Esporte Clube Ibituruna de Feca Barbosa e outros tantos clubes tradicionais, vida que segue e vivamos a realidade de nossos dias.
Certamente que há gente nova no pedaço – falamos de dirigentes -, acreditando que o reduzido número de campos na cidade seja um dos maiores obstáculos. Uma das maiores dívidas sociais de nossos políticos, indiferentes ou mesmo ignorando que o esporte/futebol é vida, é saúde, é lazer, dá dignidade e faz parte da cultura do povo brasileiro.
Porém, cabe o registro de que no passado as dificuldades também existiam e eram vencidas com denodo, dedicação e com uma paixão descomunal e que determinadas ferramentas usadas na atualidade não estavam ainda disponíveis. O maior exemplo é a comunicação trazida pelo celular e a mensagem via WhatsApp.
Com clareza solar deve-se ter em mente que, além da entidade dirigente, os clubes disputantes devem estar devidamente regularizados perante o Departamento de Futebol Amador do Interior, da Federação Mineira de Futebol. O chamado Alvará deFuncionamento.
Empresas locais que motivam e incentivam seus funcionários/colaboradores à prática do esporte, podem perfeitamente adotarem e representarem clubes tradicionais devidamente inscritos, porém em estágio de inatividade momentânea. Existem inúmeros.
“A unanimidade é burra” é uma das frases marcantes de Nélson Rodrigues. O presidente da LIGA e seus pares, incluindo JDD e Departamento de Árbitros, afora outros colaboradores, devem ter em mente que não dá para agradar a todos. Contrários e descontentes aparecerão, criticando e criando dificuldades. Sigam em frente. Ressuscitem o futebol amador valadarense.
Que o ano eleitoral seja apenas um detalhe e coincidência em 2026 e que a entidade e clubes não percam suas identidades, independências, não sucumbindo a propostas indecorosas. Toda ajuda deve ser recepcionada desde que pura, cristalina e positiva. Nada mais.
Em desuso nos tempos atuais o princípio olímpico de que ‘o importante é competir’(barão Pierre de Coubertin) é próprio e cabível ao atual momento do futebol amador de Governador Valadares, oportunizando participação de grupos/clubes desprovidos de craques de envergadura. Aliás, será que anda existem meu caro Bolivar?
Saudades dos bons tempos do futebol amador de Governador Valadares divulgado em prosa e verso no antigo Tribunal Fiel e posteriormente no DRD, afora RPUMM, Ibituruna e Educadora, com análises picantes de Tião Nunes, Beto Teixeira e outros mais.
Tempos em que nas acirradas disputas, ‘a cobra fumava’, ‘a vaca tossia’ e o ‘coro comia’, com desfiles de craques em profusão. Tempos de JOTA, Djalma, Lício, Bitaca, Joel, Maranhão, Cocó, Chico Duro, Marcelo Melo, Janjão, Caçapa, Pão Velho, Carioca, Zé Leonídio e uma quantidade enorme de craques verdadeiros de primeira linha. “Saudades palavra triste quando …”.
(*) Ex atleta
N.B.1 – Foi decretado: a partir de PRIMEIRO DE ABRIL DE 2026, penalidades máximas serão cobradas das pelos presidentes dos clubes, admitindo-se, excepcionalmente, serem substituídos por presidentes de Torcidas Organizadas. Para preservarem incompetentes.
N.B.2 – Deve ter sido demasiadamente pesado para THIAGO SILVA e Fábio carregarem nas costas durante todo o ano de 2025 o esforçado, brioso, lutador, porém limitadíssimo time do tricolor das laranjeiras. Fizeram milagre.
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