[the_ad id="288653"]

Síndrome de Noé

FOTO: Freepik

A presença de um pet em casa é sinônimo de afeto, carinho e companhia. Ter vários animais de estimação é o sonho de muitas pessoas, porém, se os tutores não tiverem cuidado, o exagero pode se tornar um problema.

A síndrome de Noé é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de animais, sendo que os mais presentes na vida das pessoas são os gatos e cachorros. A perda de entes queridos, solidão, carência, isolamento, ausência de laços afetivos e forte sentimento de responsabilidade tendem a ser fatores desencadeadores do transtorno.

O acúmulo geralmente é gradativo e, quando a pessoa se dá conta, não tem mais noção de quão realístico é adotar um novo animal, e vai acumulando até se perder nesse processo. Acontece uma desvinculação com a realidade. A pessoa passa a acreditar que mais um não vai fazer diferença, quando na verdade já passou do limite.

Não há um número específico de animais que uma pessoa possa ter. A dica é ter bom senso antes de adquirir o pet. Deve ser observada a qualidade de vida desses animais. Três pontos devem ser analisados: espaço, tempo e condição financeira. Para cada pet, o tutor precisa estar ciente de que vai precisar providenciar comida, vacinas, remédios e assistência veterinária.

Os cuidados para quem cuida de muitos pets não podem ser os mesmos. A alimentação, por exemplo, varia de acordo com o porte e a idade de cada animal. Existem rações próprias para cães filhotes, adultos e seniores, além dos gatos, que têm alimentação específica.

Outro problema que deve ser levado em conta na hora de adotar um novo pet é a questão do relacionamento entre os animais. É comum que alguns animais se desentendam. Em muitos casos, pode haver uma disputa por território e de atenção, gerando brigas indesejadas.

A falta de condições apropriadas para o animal interfere na saúde física e emocional dos pets. Os transtornos emocionais incluem depressão e alteração de comportamento. Os cães podem atacar visitas, roer ou destruir objetos e criar a compulsão por lambedura das patas.

Algumas doenças podem ocorrer, como a osteodistrofia (deformidades ósseas relacionadas ao crescimento), doenças articulares, atrofias musculares, obesidade (quando associada a alimentação errada), doenças relacionadas a falta de higiene, dermatopatias (doenças de pele) e principalmente com a falta de sol.

Em relação aos gatos, embora sejam difíceis de demonstrar o incômodo, podem desenvolver fobias e depressão, além de agressividade e doenças do trato urinário por estresse.

Para ajudar no alívio do estresse, é importante incluir na rotina brinquedos e exercícios lúdicos. Para os cães, os passeios são fundamentais para manter o animal sadio. A falta de estímulos é prejudicial para os pets.


(*) Professora do curso de Medicina Veterinária e gestora do Centro Médico Veterinário da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM

Clandestino

🔊 Clique e ouça a notícia Viagem de volta para casa, da cidade da namorada. O ônibus era confortável, daqueles que a poltrona quase deita e tem apoio para as

Classificóides – automóveis

🔊 Clique e ouça a notícia As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

Reflexões Natalinas para a vida em condomínios

🔊 Clique e ouça a notícia Com a chegada do Natal, somos convidados a refletir sobre o que realmente importa: as conexões que construímos e o ambiente que cultivamos juntos.

O futebol das Minas Gerais

🔊 Clique e ouça a notícia Na terra de Cabral oficialmente foi encerrada a temporada futebolística, restando aos boleiros, em gozo de merecidas férias, promoverem e participarem de jogos festivos,