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Simplesmente Abelão

Mais um brasileirão se findou e houve sofrimentos impensáveis para grandes clubes de nosso país, com a última rodada definindo os dois últimos ao descenso eis que dois outros já eram conhecidos. Coisa de louco o que ocorreu na última rodada.

Tradição, nome de time grande e outras coisitas mais já não prevalecem no futebol dos dias atuais eis que ele – o futebol – transformou-se em negócio rentável e cheio de maracutaias para ninguém botar defeito. Não comporta dirigentes amadores, simplórios e apaixonados.

O Internacional de Porto Alegre – o mesmo dos tempos de ouro de Falcão, Elias Figueiroa. Batista, Dunga, Manga, Carpegiani, Valdomiro, Dunga, Caçapava, Chico Fraga e outros tantos que fizeram do colorado um esquadrão vencedor, chegou na última rodada em situação desesperadora e mesmo na busca de um milagre para se manter na elite do futebol brasileiro.

Certamente não foi um milagre, mas algo quase inimaginável aconteceu. O Inter venceu o Bragantino e os cearenses Fortaleza e Ceará foram derrotados e na tábua da beirada o Inter se salvou. Mas foi um sufoco danado. Faltou estoque de determinado medicamento no sul do país.

Tido e havido como um dos pretendentes ao título no limiar da temporada e também disputando a Liberta, o Colorado em determinado momento houve por bem dispensar o equilibrado Roger Machado e partiu para a contratação de Ramon Diaz e seu filho Emiliano Diaz. O barco passou a afundar de vez. A dispensa de ambos se operou faltando duas rodadas.

Em situação desesperadora e diante de um mercado pouco animador – há enorme quantidade de treinadores disponíveis em detrimento da qualidade ínfima, ABEL BRAGA, de tantas passagens e conquistas pelo clube foi ungido para a árdua tarefa de dirigi-lo nas últimas duas rodadas faltantes do bradieirão-2025.

Não foi milagre, mas algo bem parecido ocorreu. Derrotado na partida da penúltima rodada frente ao São Paulo, foi para o derradeiro confronto com o Bragantino não dependendo somente de si.Dependeu de outros resultados, que ocorreram e, ao vencer o Massa Bruta, safou-se do rebaixamento. Ufa. Quem diria. E aí, vivas para Abel Braga.

Abel Carlos da Silva Braga, ou simplesmente ABELÃO, é uma das figuras mais queridas do futebol brasileiro por tudo que fez e continua fazendo com ética, competência, dignidade, carinho, respeito e muito amor. Pessoa do bem, pouco comum no ambiente do futebol profissional.

Dentre tantos, como futebolista e técnico, passou por grandes clubes, dentre os quais Fluminense, Vasco, Flamengo e Botafogo no Rio, afora passagem lá fora atuando pelo Paris Saint-German. Ainda como treinador, atuou também no mundo árabe. No Inter, foram inúmeras passagens com conquistas memoráveis, inclusive um título mundial.

Flávio Prado, jornalista íntegro e consagrado, professor universitário e advogado, teceu os maiores comentários e elogios à pessoa de Abelão, enfatizando que por ser o treinador uma pessoa do bem, humano, correto e competente, teria vindo lá de cima as luzes que mantiveram o Inter na série A do Brasileiro. Quem sabe?

Abel Braga já estava aposentado na profissão de técnico de futebol e ao aceitar o chamamento da direção do Colorado correu seríssimo risco de ‘manchar’ seu currículo com um provável rebaixamento do consagrado clube do sul do país. Mais do que coragem, teve compaixão, deu o seu SIM e foi à luta. E venceu…

Atitude e comportamento incomum para os dias atuais. De fazer inveja a Leão, Osvaldo, Luxemburgo e inúmeros outros famigerados treinadores que infestam o futebol brasileiro e que se limitam em ‘apontar o dedo’ causando discórdias e constrangimentos.

ABEL Carlos da Silva BRAGA – simplesmente ABELÃO, pessoa do bem, humilde e competente, respeitado por onde passou, certamente receberá do Internacional de Porto Alegre o reconhecimento, a gratidão e a justa homenagem que faz por merecer. Aguardemos.


(*) Ex-atleta

N.B.1 – Valadares se despediu da centenária ANITA AUBIN, viúva do saudoso professor Antônio Aubin. 0 casal construiu uma enorme fatia da história positiva de Governador Valadares, deixando um legado a ser seguido.

N.B.2 -Paris, 10 de dezembro de1.948: DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Temos algo a ser comemorado em especial aqui na urbe? Diz aí Bolivar…

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